A Secretaria de Defesa do Consumidor de Florianópolis instaurou nesta sexta-feira (27) dois Procedimentos de Investigação Preliminar para apurar eventuais práticas abusivas contra os direitos dos consumidores ocorridos em meio às promoções do Black Friday Brasil 2015. Neste sentido, as empresas Renault e Americanas vão ter prazo de dez dias para prestar informações acerca de reclamações feitas por consumidores que se sentiram lesados.
O consumidor William Wicziok reclamou através do e-mail da Ouvidoria do Procon de Florianópolis, vinculado à Secretaria, que, interessado em trocar de veículo, encontrou anúncio na página de Florianópolis do site da montadora Renault de oferta do modelo Logan Expression 1.6, 8v, por R$ 41.850,00. Mas, ao entrar em contato com a empresa, foi informado que o preço era R$ 47.950,00, ou seja, R$ 6.100,00 a mais, e que a tal promoção não existia.
Detalhe: William chegou a encaminhar no e-mail para o Procon da Capital um “print” da propaganda do veículo em questão que, horas depois, já aparecia no site com o valor maior. “Acredito que a marca deveria ser penalizada por ofertar um produto por um preço que não existe”, reforçou o consumidor.
Já na fanpage do Procon chegou a reclamação da consumidora Maria Helena contra as lojas Americanas. Ela postou na noite desta quinta-feira (26) anúncio de um modelo de smart TV LED 55” Samsung ao preço promocional de R$ 3.985,52, alegando apenas que o fazia por “ter dúvidas em relação à promoção de Black Friday”. E, nesta sexta-feira (27) pela manhã, a consumidora voltou a entrar em contato através da fanpage por ter verificado que o produto, na Red Friday da loja, havia aumentado para R$ 3.999,00.
Fora do alcance
Além disso, Eduardo Elmo Silva reclamou na fanpage do secretário Tiago Silva contra a empresa Cassol Centerlar. Ele teria comprado um ar condicionado ao preço de R$ 990,90 há 15 dias – e, inclusive, postou fotos de documentos - e qual não foi sua surpresa quando viu no blog da loja anúncio do aparelho em oferta no Black Weekend Cassol com o mesmo valor. Eduardo, aliás, também publicou na rede social um “print” da propaganda.
Mas, como a compra teria sido feita em Itajaí e o consumidor reside em São José, a Secretaria de Defesa do Consumidor de Florianópolis entendeu que o caso foge da sua área de abrangência e encaminhará para o Procon estadual.
