Defesa Civil
Florianópolis está entre as capitais mais seguras do país em relação a desastres naturais. Os dados foram apresentados pela Defesa Civil de Florianópolis durante o 1º Seminário Técnico de Desenvolvimento Territorial e Redução de Risco de Desastres.
O evento ocorreu no último dia 27, no Parque Municipal do Morro da Cruz, e contou com a participação de técnicos da Prefeitura, Universidade Federal de Santa Catarina e comunidade, que discutiram os desafios para os próximos anos.
De acordo com o chefe de Atividades Técnicas da Defesa Civil, Luiz Eduardo Machado, os resultados mostram uma resposta positiva à implantação do Plano Municipal de Redução de Riscos, no maciço Morro da Cruz, em 2006. A redução do número de ocorrências nos últimos anos aponta avanços consideráveis, principalmente em relação à diminuição de deslizamentos.
De lá pra cá, foram investidos cerca de R$ 35 milhões em obras de contenções, onde, por exemplo, foram construídos aproximadamente 60 mil metros cúbicos de muros. Os investimentos impactaram significativamente no número de ocorrências graves: em 2009, foram 230 e, em 2015, baixou para 78.
“Os resultados positivos alcançados não se encontram em nenhuma outra cidade de Santa Catarina. Com o Plano começamos a identificar as áreas de risco e propor intervenções práticas”, avaliou.
Em um comparativo com os dados apresentados entre 2006/2007, existiam 1.498 pessoas em áreas de risco R4 – consideradas pela Defesa Civil como risco muito alto - e nove regiões do Maciço estavam inseridas nesta classificação. Entre 2012/2014, os números mostram uma redução significativa deste quadro: sendo 100 pessoas nas áreas R4 e apenas quatro regiões nesta classificação.
“Ainda estamos na metade do caminho, mas podemos afirmar que, entre as capitais com a mesma geografia, estamos entre as mais seguras do Brasil. Isso é resultado de um trabalho que começou em 2006”, afirmou Machado.
Seminário
O 1º Seminário Técnico de Desenvolvimento Territorial e Redução de Risco de Desastres ocorreu em comemoração à Semana Internacional de Redução de Risco de Desastres e teve objetivo de promover troca de experiências entre instituições, universidades e comunidades.
Dados apresentados
2009
Deslizamentos: 160
Ocorrências: 230
2010
Deslizamentos: 78
Ocorrências: 114
2011
Deslizamentos: 58
Ocorrências: 73
2012
Deslizamentos: 32
Ocorrências: 54
2013
Deslizamentos: 27
Ocorrências: 41
2014
Deslizamentos: 22
Ocorrências: 36
2015
Deslizamentos: 50
Ocorrências: 78
2016
Deslizamentos: 15
Ocorrências: 22
Entre 2009 e 2016
Deslizamentos: 442
Ocorrências: 648
