Secretaria Municipal de Educação

08/11/2017 - Educação
Escolas da Prefeitura reúnem crianças de diversas nacionalidades
Há estudantes do Paquistão, Japão, Portugal, Rússia, Alemanha, Itália e de países da América do Sul

foto/divulgação: Giselle Medeiros

Diretor Willian com as crianças de diferentes nacionalidades da Escola Herondina

As escolas municipais da Prefeitura de Florianópolis reúnem estudantes de diversas nacionalidades. São crianças e adolescentes que, além de países da América do sul, vieram da Europa e da Ásia.

  

A Escola Herondina Medeiros Zeferino, em Ingleses, Norte da Ilha, é um berço de seis nações. Estão no ensino fundamental da unidade 27 estudantes originários do Paquistão, Rússia, Japão, Argentina, Uruguai, Chile, Venezuela e Paraguai.

 

Há cinco anos, a família Azfar veio da República Islâmica do Paquistão, localizada no Sul da Ásia, direto para Florianópolis. Até o Brasil fizeram  mais de 14 mil  quilômetros.

 

Dos cinco filhos de Muhammad Azfar e Saíra, quatro deles estudam na escola do Norte da Ilha. Mariam Azfar e Muhammad Ebrahim Azfar frequentam o sétimo ano. Noorain Azfar, o quarto ano, e Daniyal Ali Azfar, o primeiro ano. Apenas a pequena Natasha Azfar, nascida na capital catarinense, ainda não está num banco escolar.

 

Azfar tem um negócio de alimentos com comidas americanas, indianas e paquistanesas. Saíra é consultora de investimentos, possui uma página numa rede social chamada Gringoes in Floripa e é professora de inglês no Programa Mais Educação, que acontece na Escola Herondina.

 

Saíra relata como a família escolheu Florianópolis para residir. “A partir de pesquisas na internet, vimos que o Brasil era um ótimo país. Na revista Time Magazine indicava Florianópolis, em Santa Catarina, como um dos melhores lugares para morar com pouca violência”.

 

Sobre o domínio da língua portuguesa, ela diz que a família tem facilidade com idiomas. “Falamos de três a cinco línguas e fomos aprendendo Português usando o Google tradutor. Na escola, as crianças estão aperfeiçoando a língua do Brasil”.

 

Na chegada à capital catarinense, revela Saíra, as crianças não gostavam do país, justamente devido à barreira da língua. “Mas agora, estão lendo e escrevendo bem, e têm muitos amigos”.

 

Sobre as diferenças na educação entre os dois países, Saíra declara que no Paquistão, a situação depende do estado financeiro das pessoas. “Nas aldeias e nas áreas subdesenvolvidas, eles pensam que os meninos têm mais direito na educação, mas as coisas estão melhorando por lá”.

 

Saíra fala como foi a participação do filho Daniyal Ali Azfar, hoje com 7 anos,  que ficou famoso. Com apenas dois anos, ele teve uma coleção de fotografias exibidas na Galeria de Belas Artes do Paquistão em 2012. Daniyal participou da exposição intitulada "The World As I See It". Ele ficou conhecido como o mais jovem fotógrafo do mundo.

 

Outra escola do Norte da Ilha, a Virgílio Várzea, localizada em Canasvieiras, possui uma integração de, no mínimo, seis nacionalidades. Além de argentinos, uruguaios, chilenos e bolivianos, há estudantes vindos da Alemanha e Itália.

 

Na Escola Básica Intendente Aricomedes da Silva (Ebias), na Cachoeira do Bom Jesus, igualmente há garotada da Argentina, Bolívia e Uruguai.

 

 

Sul da Ilha

 

 

No Sul da Ilha, no Rio Tavares, a João Gonçalves Pinheiro, tem argentinos na unidade escolar.  A Brigadeiro Eduardo Gomes, no Campeche, reúne crianças da Alemanha e de Portugal.

 

  

Links

 

 

Link da matéria sobre a exposição do Daniyal: http://www.marketwatch.pk/news/pakistan-business-news/exhibition-of-youngest-photographer



Página do facebook com as fotos do Danyial:  https://www.facebook.com.br/daniyalaliazfar/




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