Secretaria Municipal de Educação
Inspirada pelos estudantes com e sem deficiência, a pesquisa de mestrado de Elaine Cristina Pamplona Seiffert, professora de ciências da Escola Básica Municipal de Florianópolis João Gonçalves Pinheiro, no Rio Tavares, deu origem a uma plataforma para o compartilhamento de práticas educacionais inclusivas realizadas pelos professores em sala de aula.A plataforma se encontra no endereço http://educacaoinclusiva.org/.
Já estão disponíveis práticas enviadas por professores de Florianópolis, Rio de Janeiro e Porto Alegre com temáticas relacionadas a autismo, paralisia cerebral, bullying, respeito às diferenças e o protagonismo da criança com deficiência, entre outras.
A ideia surgiu após uma conversa inicial com o seu orientador, Douglas Paulesky Juliani, que buscou aproveitar a vasta experiência de Elaine na área da educação inclusiva, propondo a criação da plataforma.
Para dar conta da complexidade da proposta, outros projetos surgiram e desenvolvem-se com o envolvimento de times multidisciplinares paralelamente à dissertação da professora.
Todas essas frentes atuam de modo complementar para materializar e aprimorar a plataforma que também é produto da pesquisa de mestrado da professora, intitulada “Quebrando barreiras: experiências educacionais inclusivas compartilhadas”. Elaine está se pós-graduando em Educação Profissional e Tecnológica.
Segundo a professora, o objetivo é valorizar o trabalho docente e colaborar para que a inclusão aconteça, uma vez que outro professor pode adaptar a prática presente na plataforma para a sua realidade. “Cria-se assim, um banco de dados de práticas inclusivas”, sintetiza.
A professora está realizando o mestrado no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
A plataforma também conta com a ajuda de uma equipe multidisciplinar de pesquisadores que atuam em um projeto registrado junto à Pró-Reitoria de Pesquisa do IFSC interligado ao projeto de pesquisa da Elaine.
A plataforma
Para enviar uma prática à plataforma, o educador interessado deve cadastrar-se no site e responder algumas questões sobre sua experiência docente, compartilhar o relato e enviar para revisão. Este cuidado é importante em caso de eventuais ajustes necessários para deixar o relato o mais claro possível, além de evitar conteúdos indesejados na plataforma.
As experiências compartilhadas ficam disponíveis para quem acessar o site, já na página principal. A plataforma é dinâmica e construída por todos os colaboradores que compartilham sua prática.
“As práticas inclusivas auxiliam na aprendizagem no ritmo do estudante e colaboram para que o mesmo sinta-se capaz de realizá-las”, explica o secretário de Educação Maurício Fernandes Pereira.