Secretaria Municipal de Educação

05/10/2018 - Educação
Escola Albertina Madalena Dias utiliza mosaico literário
Atividade faz parte de projeto pedagógico da unidade, localizada na Vargem Grande

foto/divulgação: arquivo sme

O projeto terá continuidade até o final do ano. Serão inseridas obras de cunho africano e indígena

Unir histórias divertidas e envolventes com pitadas de fantasia e uma dose de bom senso só pode resultar em uma receita de sucesso. Na Escola Básica Municipal de Florianópolis Albertina Madalena Dias, na Vargem Grande, essa proposta foi conduzida pelas turmas de sétimo ano do período matutino durante as aulas de português, através do "Mosaico literário". O projeto intercala leitura de obras e contação de histórias realizadas somente pelos estudantes, onde a professora é somente uma mediadora do trabalho.

 

Além da leitura e discussão da obra, foi produzido um mosaico literário, uma “colcha de retalhos” em que, por meio de desenhos, as turmas montaram a história juntos. O mosaico foi exposto na escola seguindo os capítulos da narrativa.

 

A primeira obra escolhida foi "Uma família tão comum", da autora catarinense Maria de Lourdes Krieger, extraído do acervo do clube da leitura do Departamento de Bibliotecas Escolares e Comunitárias (DEBEC), da Secretaria Municipal de Educação.

 

“Distribuí a turma em pequenos grupos e cada um deles ficou responsável por ler um capítulo. Após a realização da leitura, fizemos um círculo e cada grupo apresentou o que leu, de modo com que todos entendessem a história”, explica a professora de português Rosileni da Silva.

 

A obra foi selecionada diante das diferentes formas de convivência que existem no âmbito escolar e segundo as diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana.  

 

“Trabalhar a diversidade no currículo é conscientizar nossos alunos sobre a importância e a influência das culturas na sociedade atual. Trabalhar as relações étnico-raciais é inserir os sujeitos no meio ao qual vivem e integrá-los à sociedade. Sem raízes um povo não constrói identidade".

 

Segundo o secretário de Educação, Maurício Fernandes Pereira, o projeto tem grande importância para o aprendizado e desenvolvimento dos estudantes. “O ensino das relações culturais contribui para o multiculturalismo que existe no nosso país e ajuda a tornar as crianças cidadãs ativas e atuantes”, completa.

 

 

A proposta continua

 


O projeto terá continuidade até o final do ano. Serão inseridas obras de cunho africano e indígena, bem como a interdisciplinaridade com os professores de outras áreas.

 

As obras escolhidas para darem segmento são “Todas as cores do negro”, de Arlene Holanda, e “O tupi que você fala”, de Claudio Fragata e Maurício Negro.

 

Segundo a professora de português Rosileni, além de proporcionar alimento rico para o imaginário infantojuvenil, o projeto envolve valores como respeito, a aceitação do outro, os diferentes convívios familiares e as diferentes relações que ocorrem na sociedade e na escola.

 

“O objetivo é aguçar a imaginação, desenvolver a concentração, favorecer o contato com textos de qualidade literária, além de incentivar o hábito de ouvir, contar e interpretar histórias”, acrescenta.

 

A professora Rosileni conta que após o término do mosaico, a turma pretende fazer uma roda de conversa com a autora do livro escolhido, Maria de Lourdes Krieger.

 

 

O livro

 

 

No livro “Uma família tão comum”, a menina Daniela surpreende-se ao conhecer a família cheia de particularidades da amiga Mirela. A mãe de Mirela costuma voar para espantar a tristeza; o pai é um professor de Biologia que até comemora quando uma de suas pesquisas científicas fracassa; o irmão, Tiago, brinca com uma cutia de estimação que apenas ele pode ver; sua tia faz crochê com um fio invisível aos olhares desatentos, mas na trama de seus trabalhos estão aprisionadas variadas emoções.

 

Mirela adora piano, mas sabe que não há espaço em sua casa. Ela, então, tem uma solução muito simples: ter um piano imaginário! Na obra, a autora Maria de Lourdes Krieger contempla com naturalidade o universo familiar, valorizando sentimentos e respeitando as diferenças.


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