Secretaria Municipal de Educação
Com 1.098 sensores de alarme e 628 câmeras de monitoramento – além de linha direta com uma central de segurança – as unidades da rede municipal de ensino de Florianópolis estão literalmente sob vigilância 24 horas. Todas as 77 unidades de educação infantil e as 36 escolas de ensino fundamental estão ligadas a uma central de monitoramento que, em caso de risco à segurança, aciona, imediata e simultaneamente, a polícia e os agentes particulares.
É o projeto Escola Mais Segura, fruto de um contrato firmado entre a Secretaria Municipal de Educação e a empresa Khronos Segurança Privada, que começou a ser implantado no início de fevereiro e, dada a amplitude, foi concluído apenas este mês.
“Tivemos a denúncia, felizmente não confirmada, do rapto de uma criança na saída de uma creche no Sul da Ilha. Embora não fosse uma situação existente, poderia ter sido”, disse o prefeito Cesar Souza Junior. “Não há como dispensar a presença física da vigilância, mas os equipamentos eletrônicos ajudam, principalmente se, num caso real, tivermos a certeza da rapidez na resposta”, assinalou.
“Segurança era a reivindicação que a gente mais ouvia na Secretaria de Educação”, acrescentou o secretário Rodolfo Pinto da Luz. “A população, os professores, todos pedem segurança. E nós estávamos lutando por isso há muito tempo. Só não saiu antes por falta de dinheiro”, confidenciou.
Pinto da Luz informou que a Khronos foi escolhida por licitação, “que demorou quase um ano para ser concluída”. O custo anual é de R$ 5.400.975,36, o que inclui os equipamentos instalados nas unidades, um telefone em cada uma delas ligado diretamente à central de monitoramento e um smartphone a cada diretor de unidade, com um aplicativo que aciona o serviço de qualquer local e a qualquer hora. E, é claro, o respaldo para atender e acompanhar o andamento das ocorrências.
“A finalidade é evitar atos de vandalismo, furtos... Mas o principal é que os pais tenham a certeza de que os filhos, além de bem educados, também estarão bem cuidados”, frisou o secretário de Educação.
A cidade foi dividida logisticamente em quatro áreas: Norte, Centro/Continente, Leste e Sul, cada uma com uma equipe de atendimento imediato. “Nossos motociclistas, que fazem o primeiro atendimento, podem chegar ao local do chamado em até 7 minutos, mais rápido até do que qualquer viatura policial”, informou Sionésio Corrêa de Souza, diretor-presidente da Khronos.
“É um projeto diferenciado, pois soma inovação, racionalização dos custos, integração e participação dos envolvidos. Professores, diretores e toda a comunidade poderão contribuir para a segurança da escola”, acrescentou.
A quantidade de sensores e câmeras depende do tamanho de cada unidade. Por isso, 67 delas estão equipadas com seis sensores e quatro câmeras cada uma; 26 também têm quatro câmeras, mas 12 sensores; para as 16 unidades maiores, serão 24 sensores e 16 câmeras.
Em qualquer ocorrência ou suspeita de atividade fora de padrão, o serviço pode ser acionado pelo telefone direto ou pelo aplicativo do smartphone. Simultaneamente, são acionados a central de monitoramento, o motociclista responsável pela área e a Secretaria de Segurança Pública. Segundo Rodolfo Pinto da Luz, o equipamento instalado numa escola de Coqueiros, no Continente, já conseguiu evitar recentemente que uma grande quantidade de alimentos fosse furtada. “Os ladrões não foram presos, fugiram, mas não levaram nada”, festejou.
