Secretaria Municipal de Educação

09/06/2020 - Educação
Racismo e feminicídio são trabalhados por professora de Ciências da rede municipal de ensino de Florianópolis
Simone Carpes realiza projetos durante todo o ano letivo dos estudantes compreendendo as diversidades

foto/divulgação: Arquivo SME

Professora de Ciências Simone Carpes leciona na Escola Básica Municipal Maria Tomázia Coelho desde 2008.

A professora de Ciências Simone Carpes desenvolve com a turma, a cada ano letivo, diversos projetos com temas específicos, como: violências contra a mulher, racismo, gravidez na adolescência, diversidades humanas, relações ecológicas, modelos atômicos, entre outros. Essas iniciativas estavam sendo executadas presencialmente e agora estão acontecendo de maneira adaptada devido ao período de isolamento social. Ela leciona na Escola Básica Municipal Maria Tomázia Coelho, localizada nos Santinho, em Florianópolis, desde 2008 e trabalha com os anos finais do Ensino Fundamental (6º a 9º ano).

 

 

 

O 6º ano, por exemplo, trabalha com o projeto “Sou feito de retalhos”, com o objetivo de fazer com que os estudantes percebam a construção de cada pessoa como um ser único. Cada integrante constrói uma pequena colcha de retalhos e o tema é discutido durante todo o processo.

 

 

 

Na turma de 7º ano, “A diversidade em foco” estuda a natureza no que se refere aos seres vivos. Vários registros fotográficos são realizados por eles e no final um painel é criado com os registros mais significativos.

 

 

 

O 8º ano estuda o tema “Adolescência e gravidez: duas palavras que não rimam” e aprendem que a adolescência não é um período apropriado para engravidar. Eles discutem a ideia de que a sexualidade deve ser vivida com responsabilidade e de forma saudável.

 

 

 

E, por fim, o 9º ano está executando o projeto “É (apenas) uma questão de gênero” em que os alunos percebem o papel da mulher na sociedade, seja nas Ciências ou em outras áreas. As questões étnico-raciais também são colocadas em foco. A turma realiza pesquisas sobre biografias femininas e algumas produções artísticas são confeccionadas, como: vídeos, poemas e retratos.

 

 

 

O secretário de Educação da Capital concorda com a importância de trabalhar o tema. “Racismo, como podemos discriminar o outro pela raça ou qualquer outro aspecto do seu Ser ? Somos todos seres humanos independente de credo, classe social, raça ou cor. Somos irmãos!” , diz Maurício Fernandes Pereira

 

 

 

Aulas adaptadas de maneira online

 

 

As aulas estão disponíveis no Portal Educacional, disponibilizado pela Prefeitura de Florianópolis. Vários trabalhos são publicados nas redes sociais (Facebook e Instagram), voltados especificamente para a Comunidade Educativa (alunas, alunos, suas famílias, profissionais da escola e de outras Unidades Educativas). A Escola Básica Maria Tomázia Coelho entrega também materiais impressos para todas as famílias que não têm acesso à Internet, assim como para aquelas famílias que dispõem de acesso limitado à mesma.

 

 

 

Presencialmente, a professora Simone utilizava diversos recursos durante as aulas, como: rodas de discussões, saídas a campo, vivências, entre outros. Nas aulas remotas, entretanto, fez algumas adaptações, passando a utilizar principalmente textos disponibilizados no Portal Educacional, com links para vídeos, além de recursos como pesquisas, registros fotográficos, desenhos, produções manuais em geral, confecções de modelos, etc.

 

 

 

A educadora explica que as devolutivas das aulas virtuais são bastante satisfatórias. “Alunas e alunos, de um modo geral, gostam muito das minhas aulas de Ciências! Os elogios aparecem nas aulas presenciais e, agora, também nas aulas remotas. Isso se dá tanto pela parte das alunas e dos alunos quanto por parte das famílias. É gratificante!”.

 

 

 

Núcleo de Ciências, Artes e Diversidades

 

“Como há um número razoável de produções dos estudantes nas minhas aulas de Ciências, criei o Núcleo de Ciências, Artes e Diversidades, da Escola Básica Municipal Maria Tomázia Coelho. Assim, conseguimos reunir em um núcleo específico tudo aquilo que trabalhamos em todas as turmas, ao longo dos anos letivos.”

 

 

 

Simone ressalta ainda que durantes as aulas todas as expressões artísticas têm espaço. “Acreditamos nas múltiplas inteligências e nas diversas formas de lidar com o conhecimento”.

 

 

 

Alguns exemplos de projetos desenvolvidos com as turmas: “Maria da Ilha”, “Violências contra a Mulher”, “Minha adolescência vivida até aqui!”, “Relações Ecológicas” e “Modelos Atômicos”.


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