IGEOF - Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis

25/03/2015 - Oportunidade
Detectada fraude no comércio de bacalhau
Em dois estabelecimentos, peixes eram oferecidos falsamente como bacalhau

foto/divulgação: Petra Mafalda / PMF

Duas amostras de 30 analisadas em Florianópolis não correspondiam à espécie vendida

Foi divulgado na manhã desta quarta-feira (25) no Procon de Florianópolis o resultado da Operação DNA do Pescado - uma parceria do Procon municipal, IGEOF e Proteste: de 30 amostras coletadas durante a primeira quinzena de fevereiro, duas que eram vendidas como bacalhau não correspondiam ao produto anunciado. O Procon irá autuar os dois fornecedores.

 

O objetivo da operação, que está em sua segunda edição, é identificar fraudes nos pescados vendidos em Florianópolis. Nesta etapa, foram coletadas 30 amostras de bacalhau em supermercados e peixarias. Entre estas, foram detectadas duas amostras que não correspondiam à espécie vendida: eram na realidade Molva molva (Ling) e Pollachius virens (Saithe).

 

Na última edição da Operação DNA do pescado, foram coletadas menos amostras de pescado e foram detectadas mais fraudes. Nesta última operação, o resultado foi melhor que o esperado, como afirma o diretor do Procon municipal, Gabriel Meurer: “Diminuiu a incidência de fraude de 40% para quase 6%, é um efeito positivo do trabalho realizado pelo Procon, IGEOF e Proteste.”

 

O superintendente adjunto do IGEOF, Tiago Bolan Frigo - idealizador deste projeto, que é pioneiro no Brasil - também comemora o resultado das análises. “Quando fizemos a primeira vez a operação, não havia esse cuidado, mas hoje a gente vai no supermercado e já há essa indicação tanto nas prateleiras quanto no próprio produto”, informou Frigo.

 

As análises de DNA foram feitas para averiguar a prática de rotular erroneamente peixes salgados e chamá-los de bacalhau, enganando o consumidor. Apenas os tipos Gadus morhua e Gadus macrocephalus são legítimos bacalhaus. Há outros peixes salgados secos em oferta no mercado brasileiro: Saithe (Pollachius virens), Ling (Molva molva) e Zarbo (Brosmius brosme) comercializados normalmente como peixe tipo bacalhau salgado seco. Eles podem ser consumidos sem problemas, mas usar a denominação bacalhau para esses outros tipos induz o consumidor a erro.