Secretaria Municipal de Transportes e Infraestrutura

20/02/2019 - Habitação
Prefeitura inicia mudanças de moradores para condomínio da Ponta do Leal
A entrega do residencial simboliza uma nova fase na vida de 88 famílias que habitavam os casebres à beira-mar

foto/divulgação: pmf

Prefeitura inicia mudanças de moradores para condomínio da Ponta do Leal

A expectativa e ansiedade da diarista Márcia da Silva, 31 anos, estava grande. Na manhã desta quarta-feira, 20, ela finalmente pôde se mudar para sua nova residência na Ponta do Leal, região continental de Florianópolis. O local, antes uma estrutura de cimento, com portas e janelas, agora poderá ser chamado de lar pelas 88 famílias que vão residir no condomínio. Até a próxima semana, uma força-tarefa com cerca de 200 colaboradores da Prefeitura de Florianópolis, realiza a transferências das famílias, que antes moravam em casebres à beira-mar na região.

 

A perspectiva de uma nova fase na vida de Márcia fez com que ela, a primeira moradora do residencial Ponta do Leal, não conseguisse disfarçar a alegria e apreensão ao receber as chaves do apartamento. “Muda tudo né. É outra vida, outra realidade. Eu tenho anemia profunda e como onde eu morava era muito úmido, qualquer vento me deixava doente. Agora, até a minha saúde vai mudar. É um novo ciclo em minha vida”, declara.

 

A diarista morava no casebre na Ponta do Leal há seis anos. Morar em um apartamento era um sonho de infância. “Quando vim morar em Florianópolis e comecei a trabalhar com diarista, eu chegava nos prédios para trabalhar, olhava para o alto e pensava ‘um dia irei morar no alto, em um apartamento’. Depois de muito batalhar consegui. Para dar certo tem que ter fé, tem que ter esperança”, reforça. “Agora meu novo sonho é comprar móveis novos. Vou batalhar para comprar sob medida”, conta.

 

O empreendimento habitacional também será o lar de Manoel Altamiro Vieira Júnior, 36 anos, e de seu pai. O mecânico, acostumado a lidar com chaves de fenda, recebeu em mãos chaves diferentes dessa vez. “Essa mudança significa para mim uma vida nova, com mais qualidade de vida, em um local limpo. Era uma vida difícil. Sem palavras para explicar essa nova fase”, conclui.

 

“Quando contei para minha filha que iríamos nos mudar, ela ficou muito empolgada, pois sabia que iria ganhar um quartinho só para ela”, relembra Ana Paula Soares da Rosa, outra nova moradora.

 

Sobre o residencial

 

O residencial, localizado na rua XV de Novembro, na Ponta do Leal, bairro Balneário, no Continente, é o segundo empreendimento habitacional de interesse social do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida a ser concluído em Florianópolis. O custo, estabelecido pelo Ministério das Cidades, foi de 64 mil reais por unidade. São 5.946,13 metros quadrados de área construída, composto de quatro blocos de apartamentos de quatro pavimentos, área de estar com bancos e playground. Três blocos têm 24 apartamentos, cada, e um bloco tem 16 apartamentos. As unidades são iguais em tamanho: 58 metros quadrados dispostos, contendo dois quartos, banheiro, sala, cozinha, área de serviço e sacada com churrasqueira.

 

“A entrega desse projeto tão aguardado pelas famílias reforça o compromisso da nossa gestão com a qualidade de vida e bem-estar das pessoas da nossa cidade. Uma casa é mais que um conjunto de cômodos, é o lar de uma família, e merece portanto, apresentar condições dignas e conforto para quem habita ali”, afirma o Prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro.

 

Mais um projeto que saiu do papel

 

As obras iniciaram em 2014, mas chegaram a ser paralisadas em junho de 2016 devido à falência da Construtora e Incorporadora Vitta, contratada pela Caixa Econômica Federal. Foram retomadas em novembro de 2017, após iniciativa do prefeito Gean Loureiro junto ao Ministério das Cidades e finalizada pela empreiteira MKS Engenharia, vencedora da nova licitação feita pelo banco. A Prefeitura foi a responsável pelo projeto e pelo cadastro e seleção das famílias beneficiadas, levando em conta critérios definidos pelo próprio Programa Minha Casa Minha Vida e, no caso de Florianópolis, pelo Conselho Municipal de Habitação.


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