Secretaria Municipal de Saúde

10/11/2015 - Saúde
Capital lembra saúde do homem em novembro
Neste ano, Florianópolis dá foco à prevenção da sífilis e de outros fatores que levam a população masculina à morte

foto/divulgação: SMS

Gráfico mostra crescimento dos casos de sífilis entre homens nos últimos anos

A Prefeitura de Florianópolis usa o chamado Novembro Azul para aproveitar a natural mobilização em torno da saúde do homem esperada para este mês e conscientizar sobre a prevenção das principais causas de mortalidade e morbidade entre os homens. Por isso, neste ano, o foco da Secretaria de Saúde é a realização de um exame que realmente pode fazer diferença na saúde do homem: o teste de sífilis.


A sífilis é uma doença infecciosa de transmissão predominantemente sexual, cuja incidência está aumentando no mundo inteiro – em Florianópolis, cresceu de 95 casos, em 2008, para 1.049 casos registrados em 2015, até o presente momento. O número de casos em homens (622) é consideravelmente maior do que em mulheres (427). Entretanto, apenas 30% das pessoas que fazem o teste são homens e, por outro lado, eles são responsáveis por 70% dos exames positivos para a doença.


A possibilidade de infecção, em Florianópolis, é maior nos homens: de cada 100 pessoas do sexo masculino que fizeram o exame no Laboratório Municipal de Florianópolis, 17 estavam com sífilis, enquanto que, para as mulheres, esta proporção está em 4 para cada 100.


Na maioria das vezes, a sífilis é uma doença silenciosa. Por isso, muitas pessoas podem portá-la durante muitos anos sem saber. Entretanto, ela pode afetar vários órgãos, como o coração e o cérebro, por exemplo, provocando doenças graves e potencialmente fatais. Além disso, a doença pode ser transmitida sexualmente, podendo levar à sífilis na gestação e sífilis congênita, que é a transmissão mãe-filho. Nestas situações, pode ocorrer abortamento ou óbito do feto, ou a criança pode carregar sequelas para o resto da vida.


Novembro Azul


A Secretaria de Saúde de Florianópolis acredita que ações que valorizam a saúde do homem, lembrando suas necessidades específicas e cuidados necessários, são importantes. Por isso, aproveita a data para promover entre os profissionais de saúde e a população a reflexão sobre as principais causas de mortalidade e morbidade entre os homens, entre elas a violência, os acidentes de trânsito e os problemas cardiovasculares.


A Capital não adota como política pública a realização de exame de próstata via PSA e/ou toque retal para rastreio de câncer de próstata em qualquer faixa etária, como propõe o movimento Novembro Azul. No entanto, homens com sintomas (dificuldade com jato urinário, dor ao urinar, sangue na urina ou na ejaculação) ou forte histórico familiar de câncer (pai ou irmão com câncer de próstata) devem procurar precocemente os serviços de saúde para discutir com sua equipe de saúde da família a melhor forma de investigar seus sintomas ou monitorar seu risco.


Esta postura baseia-se na opinião de instituições científicas respeitáveis, nas quais enquadram-se a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Instituto Nacional do Câncer (INCA), Ministério da Saúde, além de instituições internacionais tais como o United States Preventive Services Task Force (USPSTF) e o Ministério da Saúde do Reino Unido, entre outros.