Secretaria Municipal de Saúde

08/11/2019 - Saúde
Proteja-se contra o sarampo!
De rápido contágio, a vacinação é a única maneira de conter a doença.

foto/divulgação: SMS

Vacinação contra o sarampo

No final de julho a Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis divulgou um boletim epidemiológico alertando para dois casos de sarampo confirmados naquele mês. Em 3 meses,  22 novos casos do sarampo já foram confirmados na capital catarinense e outros 20 seguem em investigação, dados da sala de situação da Gerência de Vigilância Epidemiológica da Capital, atualizados em 08 de novembro.
 

Os primeiros sintomas do sarampo podem aparecer de 1 a 3 semanas após o contato com o vírus. Além disso, uma pessoa com sarampo pode transmitir a doença antes mesmo de saber, ou sentir, que está doente, já que a transmissão  começa 6 dias antes do indivíduo apresentar manchas na pele e segue até 4 ou 5 dias após elas aparecerem. Para se ter uma ideia real da velocidade com que o vírus do sarampo se espalha, especialistas em infectologia afirmam que podemos pensar que um indivíduo com sarampo tem o poder de contaminação 4 vezes superior ao de um indivíduo com o vírus da gripe. Unido a esse extremo poder de disseminação, o fato do indivíduo já estar transmitindo o vírus antes mesmo que se sinta doente, temos o que vemos hoje: o rápido avanço da doença, que há anos julgávamos desaparecida do país.

 
-Você já imaginou como pode ser rápido para esse vírus se espalhar em ambientes aglomerados como festas, shows, transporte público, voos e tantos outros locais que fazem parte do nosso dia a dia? Por esse motivo a imunização é a única forma eficaz para barrar o vírus e evitar um surto por aqui também, afirma Ana Cristina Vidor, especialista em epidemiologia, médica e gerente de Vigilância Epidemiológica de Florianópolis.
 


As vacinas contra o sarampo, assim como a da febre amarela, doença que já se aproxima e devemos nos preocupar com medidas preventivas, estão disponíveis para a imunização da população em todas as salas de vacinação dos centros de saúde da capital. “É extremamente importante que a população verifique sua carteirinha de vacinação e compareça ao Centro de Saúde que lhe for mais conveniente, para evitar que a doença se espalhe ainda mais na nossa cidade”, reforça Carlos Alberto Justo da Silva, Secretário de Saúde de Florianópolis.
 
 

Fake news: o verdadeiro inimigo



Especialistas da Vigilância Epidemiológica de Florianópolis alertam para os perigos das fake news contendo informações falsas sobre a vacina e amplamente compartilhadas pelas redes sociais.
 

- Esse tipo de compartilhamento irresponsável gera receios em uma parcela da população e reforça ideias equivocadas, sem nenhum embasamento real. A vacina do sarampo é aliada da saúde da população e apresenta-se como a única forma realmente eficaz para conter o avanço desta doença, assim como ocorre com a vacina contra a febre amarela, reforça Ana Vidor.

 
Para a médica epidemiologista, além de negligência e irresponsabilidade social, difundir fake news, recusar a vacina ou não vacinar seus filhos é um grande perigo não apenas para a pessoa que faz isso, ou para a própria família, mas também para toda a comunidade, pois coloca em risco a saúde de todos que convivem de forma direta e indireta com esse indivíduo.


 
O que é o sarampo e quais os primeiros sintomas?


O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, altamente contagiosa e que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. Sua transmissão se dá de forma direta, de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, espirrar, respirar e falar.

 
Os primeiros sintomas são febre alta, com duração de quatro a sete dias, e manchas avermelhadas na pele (exantema maculopapular) - que começam no rosto e atrás das orelhas, e depois, se espalham pelo corpo.
 

Geralmente, aparecem entre 10 e 12 dias após o contato com o vírus e podem vir acompanhados de tosse persistente, irritação ocular, coriza e congestão nasal.

 Quanto antes a pessoa tomar a vacina, mais rápido estará protegida.
 


Quem deve se vacinar?


Todos as pessoas até 49 anos que nunca tomaram a vacina e todos aqueles que não têm certeza se já tomaram deve procurar um posto de saúde municipal e receber a vacina de forma gratuita.

 
Pelo Calendário Nacional de Vacinação, a tríplice viral, que ainda protege contra caxumba e rubéola, deve ser administrada aos 12 meses de vida, e a tetra viral - acrescenta varicela (catapora) à lista de doenças combatidas - aos 15 meses. Está sendo aplicada uma dose zero a partir dos 6 meses de idade, o que não anula a necessidade da vacina aos 12 meses.
 
Pessoas de 10 a 29 anos, que não tomaram a vacina quando crianças precisam receber duas doses da tríplice viral. Muitos jovens dessa faixa etária nasceram em uma época em que a segunda dose não fazia parte do Calendário Nacional de Vacinação. Assim, é importante verificar a carteirinha de vacinação e, na dúvida, receber a segunda dose da vacina ou as 2 doses.
 
Na faixa etária de 30 a 49 anos, a dose é única.

Em caso de contato com contato suspeito ou confirmado de sarampo? Todas as pessoas com mais de 6 meses de idade e que não tenham comprovação de vacinação em dia, precisam ser vacinados imediatamente (preferencialmente em até 72h). Neste caso, não há idade máxima para vacinação.


Campanha


Durante a campanha Nacional de Vacinação as ações foram divididas em duas etapas:

A primeira etapa aconteceu de 7 a 25 de outubro e teve como público-alvo crianças de seis meses a menores de 5 anos. O dia D se deu em 19 de outubro e, em Florianópolis, a ação atingiu 93% de cobertura, faltando vacinar 554 crianças para atingir a meta de cobertura de 95%.

 Na segunda etapa, que inicia dia 18 de novembro  o público-alvo é jovens adultos entre 20 e 29 anos. O Dia D será em 30 de novembro.

 
Na capital catarinense, o público alvo de vacinação é de aproximadamente 210.366 pessoas. A meta é avaliar, pelo menos, 95% dos grupos elegíveis para a vacinação, e aplicar a vacina nos que estiverem com esquema incompleto.


Nesta campanha, também serão disponibilizadas as demais vacinas do Calendário Nacional para atualização da Caderneta de Vacinação da criança, visando o resgate e vacinação de não vacinados.

 
Quem não deve tomar a vacina?


Pessoas com alergia grave ao ovo, pacientes em tratamento com quimioterapia, gestantes, portadores de imunodeficiências congênitas ou adquiridas, quem faz uso de corticoide em doses altas, transplantados de medula óssea e bebês com menos de seis meses de idade.