26/02/2015 - SMS - Saúde
Começa residência em Medicina da Família
Programa lançado em Florianópolis no ano passado já é considerado referência pelos profissionais

foto/divulgação: Petra Mafalda

Residentes atuam sob a tutoria da equipe de Saúde de Família e Comunidade

“Aqui em Florianópolis dá gosto de ser médico de família e comunidade. Não basta amar o que fazemos, é preciso ter estrutura. Isso é uma demonstração de respeito aos profissionais e, principalmente, à população.” Foi com esse depoimento que Ana Priscila Freitas Lemos, residente do segundo ano de Medicina de Família e Comunidade pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, despediu-se do estágio na capital catarinense no mês passado. Nesta segunda-feira (02), outros 16 residentes começam a atuar nos centros de saúde de Florianópolis.


“Escolhi a cidade por ser referência nacional em Atenção Primária à Saúde de qualidade. Os consultórios têm prontuário eletrônico e sistema integrado com as UPAs, possibilitando acesso às informações de atendimento nessas unidades, como data e hora do atendimento, problema apresentado, conduta, profissional responsável pelo atendimento etc. As consultas são feitas com hora marcada, evitando tumultos e desgastes desnecessários para a população e a equipe”, elogiou Ana Priscila, que atuou no Centro de Saúde Carianos.


Este é o segundo ano em que a Prefeitura de Florianópolis oferece a Residência em Medicina de Família e Comunidade. “A iniciativa contribui para qualificação da rede municipal como cenário de formação de profissionais de saúde”, afirmou o secretário de Saúde, Daniel Moutinho Junior. Durante o período de formação, que dura dois anos, os médicos residentes são inseridos na rede de atenção primária à saúde do município, avaliada recentemente pelo Ministério da Saúde como a melhor entre as capitais do país.


Estrangeiros


O programa de residência e os resultados da Atenção Primária em Saúde de Florianópolis também atraiu a atenção de profissionais de fora do País. Os médicos portugueses Afonso de Almeida Ferreira do Vale, António Luís Lopes Mesquita e Inês Maria Airoso Marques contam que outros colegas de profissão já haviam feito estágio no Brasil. Mas a opção pela capital catarinense partiu de um encontro e posterior convite do secretário adjunto de Saúde, Nulvio Lermen Junior.


“Ouvimos falar do trabalho de excelência e da forte política de Medicina de Família e Comunidade que havia aqui”, disse Antônio. Os três atuaram nos centros de saúde de Ingleses e do Santinho. “Certamente vamos recomendar a outros colegas que venham para cá conhecer o trabalho na rede de saúde de Florianópolis”, afirmou Inês.


Atuação


Durante o primeiro ano de residência o médico é inserido, na maior parte do tempo, junto a uma equipe da estratégia de Saúde da Família e recebe supervisão em tempo integral, dividindo os atendimentos à população de sua área com um profissional.


No segundo ano, o médico mantém sua agenda nos centros de saúde, participa das atividades da equipe e realiza a maior parte dos estágios em outros níveis de atenção e serviços de referência. Também estão previstos nesse período os estágios optativos, de acordo com o perfil e a programação de cada residente.


Serviço:


Aula inaugural do programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade 2015

Auditório do Tribunal de Contas de Santa Catarina (Rua Bulcão Viana, 90 – Centro)

Dia 02 de março, 9 horas


galeria de imagens