A produção de resíduos sólidos domiciliares em Florianópolis foi praticamente a mesma do ano passado nesse Carnaval, mas a quantidade de lixo recolhida nas festas públicas foi 49% superior. “Esses números nos fazem estimar que poderia haver o mesmo número de pessoas na cidade, mas muito mais gente participou da folia”, aponta o presidente da Companhia Melhoramentos da Capital, Marius Bagnati. Inclusive porque o Carnaval desse ano foi de tempo bom.
Ano passado, explica o presidente, foram recolhidas 110 toneladas de resíduos das ruas e praias onde há palcos e desfiles de blocos. A quantidade já foi bem mais alta do que em 2014, quando foram recolhidas 70 toneladas. A Comcap atribuiu o aumento ao peso dos resíduos aumentado pela chuva. Esse ano, com tempo seco, foram recolhidas 163,9 toneladas, 49% a mais do que em 2015.
Cidade amanheceu limpa
“O diferencial se deu no sábado, havia muito mais gente nos blocos de sujos. Só dali tiramos 50 toneladas”, informa o gerente do Departamento de Limpeza Pública, Adriano Marques. Segundo ele, até o pessoal mais experiente da companhia, que trabalha há quatro décadas no Carnaval, ficou impressionado. “A Dona Betinha disse que nunca viu tanto lixo e o Bida, da coleta, ficou até com medo de não darmos conta. Mas deu mais certo do que nunca e, todos os dias, antes das 6h todas as ruas estavam limpas”, conta Marques sobre conversas com a auxiliar operacional Elizabete Erotides de Souza e o supervisor Alcebíades Vidal Pinheiro Neto.
Sobre a maior eficiência do serviço, reconhecida pela imprensa e pelas autoridades em turismo, o diretor de Operações, José Vilson de Souza, aponta que, além do Carnaval estar melhor estruturado, a companhia tornou mais amigável a logística de trabalho. Quando os empregados da base continental terminaram o serviço foram ajudar no Centro. Isso permitiu que as ruas estivessem varridas e lavadas mais cedo. O espaço controlado da Arena Skol, que contratou os serviços de limpeza da Comcap, também agilizou o processo de limpeza na área central.
Os gerentes de área, acrescenta o diretor, só foram dormir depois do trabalho concluído, estimulando e comandando a operação. Desde sexta-feira, a cidade só ficou uma hora por dia sem escala de trabalhadores da Comcap. Foi entre 6h e 7h, quando a cidade já estava limpa e ainda não havia começado o movimento de praia. Só no Centro, 90 pessoas trabalharam por dia durante o Carnaval, divididas em três turnos.
Resíduos domiciliares
Desde sexta-feira até a Quarta-feira de Cinzas, foram recolhidas 3.582 toneladas de resíduos sólidos domiciliares em Florianópolis, quantidade 4% superior ao mesmo período no ano anterior.
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Produção de resíduos domiciliares durante o Carnaval de Florianópolis (em toneladas) |
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Período |
Convencional |
Seletiva |
Total |
Aumento |
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2014 (28 de fevereiro a 5 de março) |
2.832 |
127,9 |
2.960 |
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2015 (13 a 18 de fevereiro) |
3.294 |
138 |
3.432 |
16% |
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2016 (5 a 10 de fevereiro) |
3.430 |
151 |
3.582 |
4% |
Resíduos da folia
Resíduos coletados nos locais de festas públicas no centro, bairros e balneários. Esses resíduos foram recolhidos pela Comcap nos serviços de varrição, ensacados ou acondicionados em caixas e caçambas estacionárias.
Carvanal 2014 = 70 toneladas
Carnaval 2015 = 110 toneladas
Carnaval 2016 = 163,9 toneladas
- Centro = 71.670 quilos com trabalho de 90 pessoas por dia (incluindo 15.670 quilos depositados em caixas estacionárias instaladas na Passarela Nego Quirido e no aterro da Baía Sul)
- Santo Antônio de Lisboa = 33.800 quilos com 17 pessoas por dia
- Sul da Ilha = 45.500 quilos com 31 pessoas por dia
- Continente = 13.000 quilos com 15 pessoas por dia.
