Ampliar as políticas públicas voltadas às mulheres e fortalecer o empoderamento econômico das vítimas de violência doméstica. Estes eram os objetivos do evento que transcorreu durante toda a quarta-feira (28), no Auditório do Tribunal de Justiça, no centro de Florianópolis.
O encontro 'Mulheres em Ação e a Lei Maria da Penha', realizado em parceria entre Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) e Prefeitura de Florianópolis, começou às 9h30 com a palestra internacional de Ludy Green, norte-americana que há 20 anos trabalha com a causa e luta pela melhoria dos sistemas de proteção à mulher.
Na abertura, que contou a presença de autoridades como o prefeito Cesar Souza Junior e presidente do TJ/SC, José Antônio Torres Marques, ambos enfatizaram a importância da união dos esforços para aplicação das políticas públicas de proteção.
"A Lei Maria da Penha representa um grande avanço, mas ainda temos muito a avançar, e unir os órgãos públicos é o caminho", disse o prefeito.
À tarde, estavam previstas mais duas palestras: Elisa Sardão, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, com o assunto Feminicídio (Lei nº 13.104), e a desembargadora Cínthia Bittencourt Schaefer, do TJSC, sobre o tema Cultura do Estupro.
Segundo a coordenadora de Políticas Públicas da Mulher da Prefeitura de Florianópolis, Dalva Maria Kaiser, além dos 10 anos da Lei Maria Da Penha, o evento busca encontrar maneiras de fortalecer parcerias e ampliar ainda mais a rede de atendimento. “Nossa maior preocupação é com a estrutura de proteção à mulher vítima de violência e esta troca de experiências contribui muito na elaboração de nossos projetos”, afirmou.
Ludy Green e a rede de emprego para mulheres
Fundadora da ONG Second Chance, uma agência de empregos destinada a ajudar e atender mulheres vítimas de violência doméstica, Green contou já ter auxiliado milhares de mulheres vítimas de violência e alvo de tráfico de pessoas. Segundo ela, o empoderamento financeiro já retirou mais de 10 mil mulheres das mãos de seus agressores.
“Damos capacitação, treinamento, uma profissão, e como consequência a tão esperada independência financeira. A partir daí, o agressor fica para trás”, destacou.
Programação
14h às 14h45 - Palestra Feminicídio - Sra. Elisa Sardão Colares - Analista da SPM
14h45 às 15h30 - Palestra Cultura do Estupro - Desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer - TJSC
15h30 às 16h30 - Debate
16h30 às 16h45 - Encerramento
16h45 às 17h - Lanche
