Na Armação o risco das residências localizadas em áreas litorâneas vem se desenvolvendo durante alguns anos. Mas foi a partir do dia 18 de maio que se pode perceber os prejuízos com a vinda das chuvas que atingiram 250 mm, havendo fragilização da encosta e erosão.
No caso da Barra da Lagoa, a junção da movimentação de grandes massas de ar sobre o oceano originou o aumento da velocidade das correntes litorâneas, o que causou uma ressaca, esta juntamente com a erosão causada pelo longo dos anos, resultou no que vemos nesta semana.
Números atualizados às 16:00hs do dia28/05 pela Defesa Civil de FlorianópolisCasas Condenadas Armação: 31 Número de Pessoas atingidas Armação: 80 Casas Condenadas Barra da Lagoa: 9 Número de Pessoas atingidas Barra da Lagoa: 46 |
Segundo o geólogo Rodrigo Del Olmo Sato*, as causas dos desastres estão relacionadas a um processo contínuo de erosão. Além dos eventos climáticos evidentes, vale ressaltar a ação humana que agravou ainda mais o quadro com a construção indevida de barreiras artificiais sobre o leito oceânico, como é o caso do molhe.
O risco de erosão só vai diminuir quando houver mudança da deriva litorânea para seu estado natural, enquanto as ações não acontecem, os moradores de locais de risco devem entrar em contato com a Defesa Civil pra verificar a necessidade de saída das residências até que sejam realizadas obras de contenção.
* Rodrigo Sato é Diretor do Crea - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de SC, Presidente da AGESC - Associação dos Geólogos de SC e Voluntário da Defea Civil Municipal.
