07/02/2017 - RESIDUOS - Comcap
Iniciativa privada colabora com coleta exclusiva de vidro na Capital
Comcap instala novos pontos de entrega voluntária (PEV) com equipamento doado pela Fiesc

foto/divulgação: Filipe Scotti/Divulgação Fiesc

Primeiro PEV de Vidro doado em frente sede da Fiesc

A Comcap instala nesta sexta-feira (10) novo ponto de entrega voluntária (PEV) de vidro nas imediações do Parque Jardim Botânico de Florianópolis. O equipamento para coleta exclusiva de embalagens de vidro, como garrafas de bebidas, potes de alimentos, frascos de cosméticos e medicamentos, taças e copos foi doado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) para uso da comunidade local.

 

Fiesc já doou três contentores

 

A Fiesc já é a mais aderente parceira do programa de doação de mobiliário urbano para coleta exclusiva de vidro em Florianópolis. A capital catarinense é a primeira do Sul do Brasil a implantar tanto os pontos de entrega voluntária (PEVs) quanto o programa municipal de doação dos contentores para parceria com a iniciativa privada.

 

Na sexta-feira passada (3), foi instalado ponto de entrega voluntária (PEV) de vidro em frente ao Conselho Comunitário do Saco Grande (Comosg), também doado pela Federação das Indústrias. O primeiro dos três PEVs doados pela Fiesc opera em frente à sede da Federação, na Rodovia Admar Gonzaga, desde setembro do ano passado.

 

O doador investe em torno de R$ 5 mil por equipamento, oferece-o ao uso da comunidade e ganha autorização para associar a sua marca ao mesmo pelo período de três anos.  A Comcap faz a logística de coleta e encaminhamento para triagem. Hoje já são recolhidas em Florianópolis nove toneladas de vidro por mês nestes PEVs.



Mercado em recuperação



O valor do vidro no mercado da reciclagem vem melhorando nos dois últimos anos. Hoje, informa Volmir Rodrigues dos Santos, da Associação dos Coletores de Materiais Recicláveis (ACMR), a tonelada é comercializada a R$ 80. No auge da crise do final da década passada, os triadores chegaram a entregar de graça – quase pagando – o material para a indústria.  A situação melhorou também porque agora há operador regional instalado em Tijucas, de modo que o material não precisa mais ser encaminhado para São Paulo.



Ainda pouca participação

 

No Brasil, pelos últimos dados do Cempre, que são de 2011, menos da metade das embalagens de vidro colocadas no mercado retornam ao ciclo econômico. Na Europa, o índice de reciclagem de vidro está perto de 90%.



Em Florianópolis, informa o presidente da Companhia Melhoramentos da Capital, Carlão Martins, além das nove toneladas recolhidas nos PEVs, a coleta seletiva de porta em porta da Comcap alcança uma produção mensal de 206 toneladas de vidro, equivalente a 26% do total de recicláveis secos recuperados. Mas 578 toneladas de vidro por mês ainda seguem como rejeito para o aterro sanitário, porque a população entrega esse vidro misturado à coleta convencional.

 

Desperdício de R$ 1,5 milhão por ano


Numa conta rápida, os triadores deixam de ganhar R$ 500 mil por ano com o vidro que não é separado para a coleta seletiva da Comcap e a Prefeitura de Florianópolis gasta R$ 1 milhão por ano para enterrá-lo em Biguaçu.  Em torno de R$ 1,5 milhão por ano é o que ganharia a cidade com mudança de atitude em relação ao encaminhamento das embalagens de vidro.

 

Rede de PEVs de Vidro

No total, há 13 PEVs em operação na Capital, além dos três doados pela Fiesc, um na Ufsc e nove nos bairros continentais. Outros 20 serão instalados em breve no entorno do Mercado Público.

 

 

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