28/03/2017 - SME - Educação
Professoras criam projeto para incentivar leitura e produção textual
Rosinete dos Santos e Catia Fernandes, da Escola Municipal João Gonçalves Pinheiro, elaboraram o “Espaço Literário”

foto/divulgação: SME

Alunos Matheus, Maria Eduarda e Cláudia

Uma das principais reclamações dos alunos de Língua Portuguesa da Escola Básica Municipal João Gonçalves Pinheiro, no Rio Tavares, era de ter que reescrever textos, uma ou até duas vezes, sempre à mão.

 

Por causa disso, surgiu a ideia de criação de um website para que eles pudessem divulgar e editar o material produzido e os trabalhos sobre literatura que faziam na sala de aula ou em casa.

 

O ambiente virtual permite ainda que os estudantes recebam o feedback das professoras online, o que torna o processo de edição e de reescritura textual mais dinâmicos e prazerosos.

 

O projeto “Espaço Literário” foi concebido pela professora de Língua Portuguesa Rosinete dos Santos Freitas e pela professora de Tecnologia Educacional Catia Regina Bernardes Fernandes. O objetivo é incentivar a leitura e a produção textual dos estudantes do 7º ao 9º ano do ensino fundamental.

 

“O Espaço Literário surgiu da necessidade dos alunos editarem com mais rapidez e precisão seus textos e os publicarem”, explica a professora Rosinete. Segundo ela, não fazia sentido que apenas a professora de Língua Portuguesa pudesse ler os contos e crônicas dos alunos. Por isso, o website também é aberto ao público.

 

Em processo de transição, até o dia 7 de abril o projeto terá um novo endereço. “Pedimos um pouquinho de paciência à comunidade escolar e aos demais internautas. Em breve, estaremos novamente no ar”, assinala Catia Regina Bernardes.

 

Desde a sua implantação, em 2015, os resultados foram positivos. Alunos que tinham dificuldade ou até mesmo desinteresse em registrar suas ideias no papel passaram a escrever com mais vontade.

 

O próprio fato de os textos serem publicados no website estimulou os alunos a aprimorarem sua escrita, pois o texto teria outros leitores como público, além das professoras e colegas. “Escrevendo para a professora Rosinete, por exemplo, você está sendo avaliado apenas por uma nota. Já escrevendo para um público, você quer agradar as pessoas, falando sobre um assunto que seja de interesse delas. É legal ter essa motivação na hora de escrever um texto”, conta a aluna Cláudia Silveira, de 14 anos, estudante do 9º ano. Ela participa do projeto desde o 7º ano.

 

 

Releitura de Edgar Allan Poe

 

Em um dos trabalhos propostos pela professora Rosinete, Cláudia e os colegas deveriam fazer uma releitura do conto “Manuscrito encontrado em uma garrafa”, de Edgar Allan Poe, escrevendo uma continuação para a obra.

 

Mas pra que me apresentar? O que meu nome iria importar? O que eu importo? Sou apenas um homem igual a todos que teve o prazer ou o azar de vivenciar isso”, escreveu a aluna, que pensa em ser jornalista pelo amor à escrita.

 

 

Chromebooks

 

Este ano, a escola recebeu 105 chromebooks que atenderá um número maior de alunos em atividades e em espaços diferentes. Chromebooks são notebooks concebidos pelo Google e, normalmente, fabricados por uma empresa parceira. O uso desses chromebooks permitirá uma edição mais efetiva e dinâmica dos textos.

 

“A cultura de inovação dos chromebooks proporcionará que professores e alunos experimentem novas propostas pedagógicas impulsionadas pela migração desta tecnologia para a nuvem”, conta a professora Catia. O projeto Espaço Literário será deslocado do atual website, que momentaneamente está desativado, para o Google Site.

 

Desta forma, será possível explorar outras ferramentas e aplicativos disponíveis e divulgar a ideia para todos os alunos e professores da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis. O novo site estará pronto até o dia 7 de abril.


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