28/11/2017 - SME - Educação
Creche Municipal de Florianópolis tem galinheiro educativo
Espaço na Lausimar Maria Laus transforma resíduo orgânico em adubo, alimenta horta e proporciona experiências para a criançada

foto/divulgação: Creche Lausimar Maria Laus

O projeto é coordenado pelo professor de educação física Nado Gonçalves, com o apoio de outro profissionais, como da professora Patrícia Machado

Arroz, verduras, legumes. O que sobra da alimentação da criançada da Creche Municipal de Florianópolis Lausimar Maria Laus, no Rio Vermelho, tem como destino o galinheiro montado na unidade, que é habitado por  três galinhas, um galo e dois pintinhos.  Uma forma de reaproveitar os 40 quilos produzidos diariamente de resíduo orgânico.

 

O esterco das aves passaram a enriquecer  a horta da creche. Houve melhora na produtividade e na qualidade do solo, e menos impacto ao meio ambiente. Além disso, permite  que a terra retenha mais água, assim, as plantas sofrem menos em período de estiagem. Na horta, que existe desde 2012,  há alface, pimentões, morango, feijão, abóbora, cebolinha, cenoura, melissa, boldo.

 

O projeto, coordenado pelo professor de educação física Nado Gonçalves, com o apoio de outro profissionais, como da professora  Patrícia Machado , ganhou um novo reforço.  Parte das 279 crianças da instituição, reabastecem  os recipientes de água e milho dos animais, recolhem os ovos e transferem a terra adubada para a horta.

 

No entanto, conforme Nado Gonçalves, mais do que desenvolver tarefas, a interação com as aves tem alimentado o encantamento e o respeito das crianças pela natureza.  Esse contato direto, explica, mexe com as sensações lúdicas das crianças que entram no jogo de imitação, no jogo de pegar e correr para não ser pego, de enfrentar os animais. “Tudo isso as  desafia a superar seus medos”.  

 

Em seus momentos de contemplação e pesquisa, as crianças  observam o movimento das aves.  O sobe e desce de seus poleiros , o ciscar no chão e o cacarejar, que provoca risos nos pequenos.  Em momento de carinho, de colo em colo, as galinhas,  o galo e os pintinhos passeiam pelos braços da criançada.

 

Todos “descobrem” ou “redescobrem” identificações. Que os bichos fazem muitas coisas iguais a eles: comunicam-se, comem, caminham,  pulam, cantam, bebem água, precisam de cuidados. 

 

Com atitude de respeito e cumplicidade, meninos e meninas constroem  uma nova imagem do animal  que já não é mais aquele  que chega à mesa em forma de empanado, mas o bicho que brinca com eles no “quintal da creche” numa interação que  educa e diverte. 

 

Conforme o professor de educação física, essa relação abre espaço também para as aventuras das crianças que tentam jogar um punhado de  areia nos bichos e  alcançá-los com um galho do lado de fora do galinheiro. Mas,  ao mesmo tempo  sensibiliza o grupo , que ao ouvir a galinha emitir sons ao ter seu ovo recolhido, solicita:  “Prof! Devolve o ovo dela, ela tá chorando!”


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