Na noite de segunda (1º), ao pegar umas caixas de papelão no bairro Santa Mônica, o gari Carlos Alberto Costa Júnior foi atingido por um vidro plano escondido sob os recicláveis. Ele foi medicado, ficou bem e voltou à coleta seletiva já no dia seguinte. Na verdade, para Biguaçu, como é conhecido na Comcap, o pior foi lidar com a ideia de ficar afastado do trabalho. Nem que fosse por um dia.
Ele lutou por quase uma década, entre um acidente grave que sofreu de automóvel e o seu retorno à coleta seletiva. É um exemplo de persistência e reconstrução. Superou dois anos de afastamento pela perícia, reabilitou movimentos de perna, voltou para a Comcap para trabalhar em estacionamento, depois remoção e, finalmente, contra todas as previsões, voltou a ser gari de coleta.
Está no momento “mais completo de sua vida” ao lado da namorada Cleuza Silva. (veja vídeo gravado antes da pandemia) Ela também é colega de Comcap e os dois estão de casamento marcado. “Fui logo medicado, dia seguinte já estava na ativa, mas queria que o ser humano fosse mais humano”, pede Biguaçu.
Como acondicionar corretamente
A direção da Comcap orienta que embalagens de vidro sejam separadas e levadas aos pontos de entrega voluntária de vidro (PEVs) ou Ecopontos. Quando destinadas à coleta seletiva da Comcap devem estar bem visíveis para evitar acidentes com garis.
Vidros planos (de janelas) e espelhos não devem ser encaminhados à coleta seletiva. Quando quebrados, devem ser colocados dentro de garrafas PET ou caixas longa vida e dispostos para a coleta convencional com aviso sobre o perigo para os garis. Ou devolvidos para vidraçarias e comércio do ramo que tem obrigação de dar destino adequado aos vidros planos.
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