04/02/2020 - Educação
Palestra do COEB: o direito às diferenças de cada sujeito

Teve também um relato de experiência sobre a construção da identidade de jovens negros em um bairro de cultura açoriana

foto/divulgação: Matheus Trindade

Rodrigo Ednilson

“(Re)Existências: o direito à diferença na igualdade de direitos” este foi o tema da palestra do 1º dia do Congresso de Educação Básica (COEB) da Prefeitura de Florianópolis.

 

Segundo o professor doutor, Rodrigo Ednilson de Jesus, da Universidade Federal de Minas Gerais (Ufmg), que abordou o assunto, os grupos considerados minoritários como mulheres e população negra e LGBTI têm construído ao longo dos anos estratégias de resistência e impedância. O conceito de impedância é pego emprestado da física que significa um sistema que, quando submetido a tensões, oferece oposição a forças externas potencialmente prejudiciais. 

 

O objetivo da palestra foi discutir o duplo movimento de subalternização - pessoas que vivem em situação de miserabilidade, sem nenhuma condição de vida digna. sem emprego, sem oportunidade - de grupos considerados minoritários e, ao mesmo tempo, seus processos de resistência e impedância.

 

Rodrigo é graduado em Ciências Sociais, mestre em Sociologia e doutor em Educação pela Ufmg. Foi coordenador geral de Educação para as Relações Étnico-Raciais na Secadi (Ministério da Educação), pró-reitor adjunto de assuntos estudantis da Universidade mineira e membro da coordenação do Programa Ações Afirmativas na mesma instituição. Atualmente realiza estágio pós-doutoral no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, em Portugal.

 

Durante a palestra, a professora Camila da Silva Santana apresentou a pesquisa “Juventudes Negras: Pertencimento Racial e Reconhecimento em uma comunidade de traços açorianos no sul do Brasil”.

 

A educadora esteve no bairro Ribeirão da Ilha realizando um estudo sobre como se dá o processo de construção da identidade racial e cultural de jovens negros(as) residentes na comunidade, EM que tem uma forte influência da cultura açoriana.

 

A pesquisa focalizou as juventudes negras, suas identidades e sociabilidades, considerando a identidade um fator importante na constituição desses indivíduos. Segundo a pesquisadora A identidade é dinâmica e se constrói ao longo do tempo, marcada pelas escolhas, situações, representatividades, condições cotidianas, entre outros.

 

Camila atua no Núcleo de Educação Infantil Municipal da Prefeitura de Florianópolis Orisvaldina Silva e participa do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc).


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