Secretaria Executiva de Comunicação Social

09/06/2015 - Transportes
Após anos de greves, PMF estabiliza transporte
Série histórica de paralisações e reajustes da tarifa foi substituída pelo consenso

foto/divulgação: Divulgação/PMF

Prefeitura comemora mais um ano sem greves no transporte

A Prefeitura de Florianópolis teve em 2015, mais uma vez, um papel decisivo na intermediação de negociações entre Setuf e Sintraturb e conseguiu reverter um cenário histórico no transporte coletivo da Capital e evitar novamente a greve dos trabalhadores.

Com isso, a PMF traz para si o triunfo de evitar nova paralisação e o aumento da tarifa, série histórica negativa que persistiu entre 2002 e 2012, só interrompida em 2004.

Na primeira rodada de negociação na campanha deste ano, os trabalhadores do transporte coletivo aprovaram os itens em pauta e descartaram a greve. Diferente dos últimos anos, também não houve aumento da tarifa em maio.

Esta mudança de cenário representa uma vitória para os mais de 200 mil usuários do transporte coletivo da Capital e é o primeiro forte sinal de que a licitação veio para trazer avanços no setor, avalia o prefeito Cesar Souza Junior.

A estagnação desta sequência de greves acompanhadas de reajuste já foi percebida em 2013, quando pela primeira vez, desde 2002, os trabalhadores aceitaram a proposta do sindicato patronal já nas primeiras assembleias, fator que se repetiu em 2014 e se manteve este ano.

Para o secretário de Mobilidade Urbana de Florianópolis, Vinícius Cofferri, a postura e as decisões rápidas do prefeito Cesar Souza Junior estão contribuindo para as negociações. “Este ano, só não houve greve porque o prefeito rapidamente autorizou o sindicato patronal a manter a cláusula da convenção coletiva que impede a demissão dos cobradores, caso contrário estaríamos sem ônibus hoje, como ocorria nos últimos anos”, afirma.

Para o Setuf, a licitação fez a diferença nas negociações. De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da Grande Florianópolis, Waldir Gomes, a licitação e a chegada do Consórcio Fênix em novembro do passado contribuíram para esta mudança de cenário, que beneficia trabalhadores, empresas e, principalmente, a população.

“O edital não permitiu que houvesse aumento da tarifa nos meses de maio, e desde 2013 só tivemos um aumento. Este ano não haverá mais reajuste. A autorização do prefeito para mantermos os cobradores veio cedo, o que fez a diferença já na primeira assembleia”, salienta.

Sem greves, sem reajuste e com melhorias

Além de não ficar sem ônibus este ano, não precisar sofrer no bolso com aumento da tarifa em maio, os passageiros do transporte coletivo ganharam um ótimo auxílio neste mês: o app.fenix. O aplicativo possibilita a consulta a horários, números das linhas e os mapas com os itinerários dos ônibus.

O app.fenix reúne os principais dados de cada linha que circula pela Capital, tem download gratuito e está acessível para Android, IOS e Windows Phone. Após a instalação do programa, as informações podem ser consultadas de maneira rápida pelo smartphone, a qualquer momento, mesmo sem conexão à internet.

Durante a pesquisa, ao inserir uma rua, o aplicativo vai achar todas as linhas que passam pelo local. O usuário pode, ainda, criar uma lista com as linhas mais utilizadas.

 

Passe livre e tarifa social

Com a primeira licitação do transporte coletivo, ocorrida em 2014, foi possível realizar algumas ações em benefício dos mais carentes. Uma delas foi a criação do passe livre para estudantes oriundos de famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa, ou renda mensal total de até três salários mínimos. Cerca de 10 mil jovens, que realmente necessitam do auxílio, estão sendo beneficiados.

Outra medida foi a ampliação da abrangência da tarifa social: antes restrita ao Maciço do Morro da Cruz (na Ilha), e aos bairros Morro do Geraldo, Vila Aparecida e Chico Mendes (no Continente), a tarifa social passou a ser aplicada em toda a cidade. A medida favorece atualmente 19 mil trabalhadores.


Se não tiver ônibus, tem van

O plano alternativo para ocasiões de paralisação foi outra mudança positiva percebida pelos usuários do transporte, com o baixo impacto das pequenas paralisações do setor. Em 29 de maio, uma sexta-feira, um movimento nacional de protesto contra a terceirização deixou a cidade sem ônibus fora dos horários de pico e com aviso prévio.

A Prefeitura de Florianópolis colocou em ação um plano com cerca de 400 vans e micro-ônibus escolares e de turismo. Quatro pontos de embarque no Centro foram implantados e ninguém ficou sem condução, mesmo fora do horário de pico.

A mudança de cenário

De 2002 a 2012 – houve paralisação e greve quase todos os anos (com exceção de 2004) seguida de aumento da tarifa. A última greve, em 2012, durou três dias e terminou no dia 31 de maio daquele ano.

 

2013 - Sintraturb aceita proposta em 8 de julho e não entrou em greve. Houve apenas paralisação nos dias 10 e 11 de junho pelo receio de perder os cargos de cobrador. Mas a prefeitura negou a informação e publicou um decreto no qual impedia a demissão dos cobradores revertendo o quadro. Não houve aumento da tarifa.

 

2014 - Após paralisação de 24 horas, em maio, motoristas retornam ao trabalho; também não houve aumento da tarifa.

 

2015 - Em 28 de maio a classe aceita a proposta e não entra em greve.