Secretaria Executiva de Comunicação Social
Uma das comunidades mais tradicionais de Florianópolis, a Freguesia do Ribeirão, no Sul da Ilha, irá assistir a um dos maiores investimentos em pavimentação no local desde 1974. A ordem de serviço para a revitalização da rodovia Baldicero Filomeno foi assinada nesta sexta-feira (12) e a obra será entregue em nove meses.
Com investimento de R$ 1,2 milhão (resultado de uma emenda do deputado federal Esperidião Amim), a obra será realizada com muito cuidado e dedicação e crescerá aos poucos, em duas etapas. Afinal, a região é considerada patrimônio histórico. E por isso o projeto original da obra acabou sofrendo modificações.
“O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) recomendou que fizéssemos todo o trecho em paralelepípedo, mas, como não era a vontade dos moradores, conseguimos negociar e faremos uma boa parte em paver, a exemplo do que executamos no Sambaqui”, disse o prefeito Cesar Souza Junior.
A revitalização compreende 1.183 quilômetros, começando na altura do asfalto (número 7.159 , sentido bairro/centro) e termina na altura do 8.254, próximo à escola Dom Jaime de Barros Câmara. Neste trecho, a Prefeitura irá realizar drenagem e nivelação da rua, calçadas padrão em ambos os lados, sinalização e cinco “Traffic Calming”, uma espécie de redutor de velocidade, em pontos estrátegicos.
Além disso, será denominado “Zona 30”, ou seja, a velocidade no trecho não poderá ultrapassar 30km/h, a exemplo do que já ocorre na Lagoa da Conceição.
Paralelepípedo em 330 metros
Para preservar o patrimônio histórico como recomendou o Iphan, dos 1.183 metros, 330 (do Restaurante Ostradamus até a igreja) a pavimentação será em paralelepípedo e por se tratar de uma obra delicada, este trecho será realizado em uma segunda etapa, após a conclusão dos outros 880 metros que serão em paver.
Durante a realização da obra, ou seja, dentro dos próximos nove meses, o trânsito na via será em meia pista, em curtas etapas, para não atrapalhar os motoristas.
“Concluem-se 70 metros e libera as duas pistas, e assim vamos indo para não gerar filas na região, principalmente aos finais de semana. Será uma obra delicada, mas de extrema importância para a cidade. É um dos maiores investimentos da Prefeitura em pavimentação de rua desde a troca da administração”, afirmou o secretário de Obras, Rafael Hahne.
Comunidade comemora
Genice Maria dos Santos Costa, de 64 anos, que nasceu na comunidade e mora lá até hoje, disse que ficou feliz com o início das obras, já que nem a pé pode andar direito: “Torci o pé, faz tempo que não caminho, porque não tem nem calçada”, afirmou.
Sobre a decisão do Iphan, de colocar paralelepípedo no trecho em frente à Igreja Nossa Senhora da Lapa, ela diz que, se não for para recolocar as pedras, como lembra ser na sua infância, a rua deveria ser inteiramente de paver.
Marivaldo Pereira, de 78 anos, que mora há 30 anos no Ribeirão da Ilha, foi o primeiro médico da região e também tem boas expectativas sobre a obra que beneficiará toda comunidade, além dos turistas que visitam o local.
“Vai ser uma beleza, ótimo. Do jeito que está agora, está ruim”, disse.