Secretaria Executiva de Comunicação Social

05/08/2015 - Eventos
'O coração de Florianópolis volta a bater', diz prefeito
Milhares de pessoas passaram pela região do Mercado na manhã desta quarta-feira

foto/divulgação: Petra Mafalda/PMF

Merísio, o governador, o prefeito e Hahne

“O coração de Florianópolis voltou a bater com a reabertura do Mercado.”

 

Transferindo as palavras do prefeito Cesar Souza Junior para o peito da multidão que se acotovelava na área diante do Mercado Público, pode-se dizer que milhares de corações voltaram a bater ao mesmo tempo na manhã desta quarta-feira (5), quando, depois de 13 meses de um meticuloso restauro, a Ala Sul do Mercado foi devolvida à população. Segundo a Guarda Municipal, mais de 20 mil pessoas passaram pela região no período da manhã.

 

Com a reabertura da Ala Sul, toda a estrutura – também conhecida como ponto de encontro, foco de cultura, patrimônio histórico e atração turística – voltou a funcionar a pleno vapor, coisa que não acontecia desde dezembro de 2013. “Reconectamos o Mercado com a história, voltamos a democratizar o espaço público, voltamos a ter o ponto de encontro de todas as gerações”, disse Cesar Souza Junior.

 

Eram 11 horas quando o prefeito chegou às portas do Mercado, antecedido por 17 bonecos gigantes do Berbigão do Boca. E a multidão já formava blocos que iam sendo adensados pouco a pouco. Cinco minutos depois, chegou o governador Raimundo Colombo. “É uma obra que realmente ficou muito bonita, vem valorizar a história da cidade, une todo mundo e atrai turistas”, afirmou Colombo. “Cumprimos o desafio de trazer um prédio do século 19 para a legislação do século 21. Conseguimos. Temos nova rede de esgoto, nova rede de água, temos gás natural, temos o melhor mercado público do Brasil”, enfatizou o prefeito.

 

No palco montado entre a estrutura – duas alas e o vão central – e a Casa da Alfândega, sequências de discursos enalteciam a grandiosidade da obra. “Para os que achavam que não ia dar tempo, aí está”, desabafou Aldonei de Brito, presidente da Associação dos Comerciantes do Novo Mercado. “Somos uma referência nacional a título de recuperação do patrimônio histórico”, frisou o secretário de Administração, Gustavo Miroski, um dos responsáveis, juntamente com “Hahne, o incansável”, pelo processo de revitalização e remodelação comercial do Mercado.

 

O incansável Rafael Hahne, secretário de Obras, disse que “fazer uma obra pública com todos querendo já é difícil; com um não querendo, é impossível. Aqui, felizmente, todos quiseram”. O deputado estadual João Amin, que também já foi secretário de Obras, citou a restauração do Mercado como “a maior obra da gestão de Cesar Souza Junior até o momento” e lembrou que o estabelecimento “não tem cor, não tem religião, não tem classe social”. “Agora, a cidade vai voltar a saber o que acontece amanhã. A reabertura do Mercado é um presente para a cidade”, completou Amin. Assim como ele, Domingos Zancanaro, que o sucedeu na Secretaria de Obras, e Dalmo Vieira Filho, ex-superintendente do IPUF, foram lembrados como responsáveis pelo sucesso da empreitada.

 

“Todos sabiam que precisava ser feito, mas só agora descobriu-se como fazer”, ressaltou o presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merísio, que acrescentou: “Não apenas Florianópolis, mas Santa Catarina se revitaliza com esse trabalho. É um ponto de encontro da cultura de Santa Catarina. Aqui é que se mostra a cultura catarinense.”

 

“Manter as peixarias funcionando, atualizar uma obra do século 19 para as leis do século 21, administrar a ansiedade dos comerciantes, que enfrentaram um inverno e um inferno, administrar a própria ansiedade... Esses obstáculos só foram vencidos porque conseguimos formar um time muito unido”, avaliou o prefeito Cesar Souza Junior. Ele lembrou que em 1899, quando a primeira ala (Norte) do Mercado foi inaugurada, “Florianópolis tinha 20 mil almas; em 2015, temos 465 mil habitantes. E o Mercado é nosso elo com o passado. Une o passado e dá significação para o futuro. Fizemos a revitalização dos elos, sem descaracterização, mas com inclusão”.

 

Para o governador, a restauração do Mercado “fortalece as raízes da cidade e sua personalidade, é um símbolo que se fortalece para construir o futuro com base num passado glorioso”.

 

No palco com as autoridades, estavam também o promotor público Daniel Paladino, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Florianópolis, Marco Aurélio dos Santos, o prefeito de Palhoça, Camilo Martins, o presidente da Câmara Municipal, Erádio Gonçalves, e alguns vereadores da Capital

 

Inauguração

 

Uma hora depois de sua chegada, o prefeito, o governador e dezenas de pessoas foram conhecer a Ala Sul, guarnecida em sua entrada por um pau-de-fita. Logo à esquerda da entrada, uma mesa de salgadinhos e bebidas oferecida pela Peixaria do Chico – que, aliás, presenteou com dois quilos de camarão uma mulher que acertou há quantos anos a peixaria estava no Mercado. Mais para a a frente, o Açougue Kretzer oferecia chope e hamburguer e o Box 32, um banquete de frutos do mar.

 

A caminhada foi difícil, lenta, com empurra-empurra e aglomeração. Quando não parava para dar entrevista, o prefeito parava para abraçar ou ser abraçado. Levou mais de 20 minutos para a comitiva alcançar o lado oposto do corredor, que tem cerca de 80 metros, para descerrar a placa de inauguração. A ideia inicial era atravessar as duas alas para que o governador as conhecesse e voltar pelo vão central para a inauguração. Mas a dificuldade de locomoção acabou provocando a mudança de planos.


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