Secretaria Executiva de Comunicação Social

05/08/2015 - Comunicação
Dia de reencontros e recordações no Mercado
Comerciantes e clientes juntos novamente na Ala Sul do Mercado Público

foto/divulgação: Petra Mafalda/PMF

Aurino, do açougue, agora vende carnes exóticas

Não era Carnaval, nem aniversário da cidade, mesmo assim a dona Maricotinha, o Zé da Tainha, o Darci, os bonecos do Berbigão do Boca, o seo Aurinho do açougue, a Marrom Bombom, da cocada, e seo Manoel Arlindo, cliente assíduo das panelas da família Mansur, se reencontraram novamente no Mercado Público de Florianópolis. O encontro é o primeiro desde que a Ala Sul foi fechada para reforma, e agora será frequente.

Mas por que uma reforma de um corredor de 80 metros de comprimento com 36 boxes comerciais mexe com a emoção de uma cidade inteira? Quem vivenciou a história do local explica o motivo.

“Meu pai me trazia bebê aqui, eu ficava no colo da mãe na carroça e ele vinha comprar o peixe e as panelas para o almoço. Sempre na mesma peixaria e na mesma loja. O Mercado é a alma da cidade e ele ficou maravilhoso, lindo demais”, diz seo Manoel Arlindo Bittencourt, 70 anos.

E para quem estava do outro lado do balcão, como o Beto Barreiros, do Box 32, ou Aurino Manoel da Silva, do açougue Aurino, a emoção de voltar abrir as portas era ainda maior.

“Comecei a trabalhar aqui em 1967 como aprendiz de açougueiro, e hoje minha família toda está aqui, é um momento de muita emoção. Eu brinco que o Mercado era um velhinho que estava doente, passou por um tratamento e está revigorado”, conta Aurino.

Vão lotado novamente

Não sobrou um espaço dentro dos 1.200 metros quadrados do vão central do Mercado Público durante a reabertura da Ala Sul. Lá, figuras tradicionais do centro da cidade, voltaram a sorrir, a brincar, e encantar com o sotaque inconfundível do manezinho. Neuza Melo, com 81 anos, não se importou com o empurra-empurra, queria agradecer ao prefeito Cesar Souza Junior pelo presente.

“Amei, estou sem palavras, é um momento único”, diz.

Aldo de Brito, 77 anos, que tem um box de produtos esportivos na Ala Norte, quase na “esquina” com o Largo da Alfândega, mal conseguia atender os clientes de tanta euforia.

“Tenho box aqui desde que o governador Colombo Salles vinha vistoriar a obra do aterro, está lindo demais, estão todos de parabéns”, afirma.


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