Secretaria Executiva de Comunicação Social

07/10/2015 - Igualdade
Um abraço pela luta dos alunos com deficiência
O ato foi realizado nesta quarta-feira, em volta da figueira da Praça XV, com a presença de diversas entidades da Capital

foto/divulgação: Petra Mafalda/PMF

Representantes de entidades e pais participaram do ato

A luta por ideal em comum reuniu cerca de 50 pessoas hoje na Praça XV, no Centro: a inclusão. Um abraço coletivo simbólico foi realizado em volta da figueira da praça como um ato à inclusão de alunos com deficiência em escolas particulares de Florianópolis, e em forma de repúdio à carta emitida pelo Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina (SINEPE-SC), contrária à responsabilização das escolas particulares pelo ensino dos estudantes 'portadores de necessidades especiais'.

Mãe de um menino com autismo, em 2012 Sabrina D’Aquino passou por dificuldades com uma escola particular da Capital. Na época, o aluno tinha apenas 4 anos e sofreu diversos constrangimentos. “Inicialmente, estava tudo bem. Alguns meses depois, a escola trocou a auxiliar de sala, que era fixa, por uma volante, dificultando o aprendizado do Enzo. Depois, a dona da escola exigiu que eu contratasse uma auxiliar, como se a responsabilidade fosse minha e não da instituição”, disse.

“O constrangimento maior veio depois, quando descobri que meu filho era maltratado por uma das auxiliares de sala. Ela subia em cima dele e forçava que comesse a merenda. Depois a dona da escola me disse que, segundo ela, a solução seria trancá-lo na sala para a segurança de todos. Depois de tudo isso, prometi a mim mesma que iria a qualquer lugar para achar um ensino de qualidade para o Enzo, e, mesmo com dificuldade, finalmente achei uma boa escola”, desabafou a mãe.

Uma recente lei federal diz que toda escola, pública ou privada, deve adaptar sua estrutura até 2016 para receber os alunos com deficiência. Fernanda Baggio Gasperin, coordenadora municipal de Políticas Públicas para as Pessoas com Deficiência destacou a importância de a população estar envolvida em ações como esta. “Queremos unir forças para mostrar que nossa cidade luta pela inclusão e deseja que todos os alunos com deficiência tenham direito a um ensino de qualidade em todos os sentidos.”, disse.

A ação foi realizada em parceria entre a Coordenadoria de Políticas Públicas para as Pessoas com Deficiência, a Câmara Municipal de Vereadores, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SC) e a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, além de pais defensores da causa das pessoas com deficiência.


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