Secretaria Executiva de Comunicação Social
Depois de mais de 15 dias debruçados sobre todos os casos de diarreia registrados neste verão, epidemiologistas da Secretaria de Saúde identificaram que, embora a maioria das pessoas tenha frequentado alguma praia nos dias anteriores ao aparecimento dos sintomas (inclusive fora de Florianópolis), pouco mais de 13% tinha frequentado a praia de Canasvieiras e 20% não havia frequentado praia alguma.
Em contrapartida, várias outras situações de risco foram identificadas, como utilização de banheiros públicos sem local adequado para a lavagem das mãos, consumo frequente de alimentos na praia e consumo de água de origem suspeita (poços, por exemplo). Assim, as pessoas podem estar deixando de lado cuidados gerais e com a manipulação e higiene dos alimentos.
De acordo com o secretário de Saúde, Daniel Moutinho Junior, as equipes trabalharam sem parar para chegar a estes dados e, contrariando o que se imaginava, apenas pouco mais de 13% das pessoas que chegaram às unidades de saúde com vômito e diarreia se banharam na praia de Canavieiras.
“O que temos são dados técnicos e o resultado mostrou a gravidade de querer estabelecer uma ligação com banho de mar. A pesquisa não encontrou até agora apenas um fator isolado, mas provavelmente o aumento dos casos de doenças diarreicas está relacionada à manipulação de alimentos e ao contágio pessoa a pessoa”, informou.
Nas praias, o que não falta é banhista consumindo alimentos impróprios. Entre os vilões, estão queijo coalho, choripan , espetinhos e castanhas. Aliás, todos aqueles que forem vendidos por ambulantes são proibidos.
Um cuidado que vem de casa
De acordo com dados da Secretaria de Saúde, o número de casos de virose caiu 12% nesta semana, o que não diminui o alerta que a população precisa ter dentro de casa.
“Se alguma pessoa da família começou com quadro de vômitos ou diarreia, ela não deve mais manipular alimentos e deve lavar muito bem as mãos após utilizar o banheiro. As duas principais causas de doenças diarreicas são por causa alimentar e por transmissão de pessoa para pessoa”, explicou o médico e secretário de Saúde, Daniel Moutinho.
Para não passar mal, atenção aos cuidados:
- Não consumir alimentos de ambulantes nas praias;
- Lavar muito bem as mãos e os alimentos e não consumi-los crus;
- Evitar deixar alimentos expostos fora da geladeira;
- Evitar deixar a geladeira muito cheia ou abrir constantemente. Isso reduz a temperatura e a validade dos alimentos;
- Na rua, observar onde consumir os alimentos. Verificar se o restaurante tem autorização da vigilância;
- Não consumir de maneira alguma queijo coalho, choripan ou alimentos de vendedores não autorizados;
- Evite frequentar praias consideradas impróprias para banho (ver relatório da Fatma).
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