Assessoria de Políticas Públicas para Igualdade Racial e Combate a Intolerância Religiosa

13/05/2011 - Educação
Por uma infância sem racismo
Campanha nacional sobre o impacto do racismo na infância

foto/divulgação:

A COPPIR legitima, reforça e dá visibilidade à CAMPANHA NACIONAL SOBRE O IMPACTO DO RACISMO NA INFÂNCIA lançada pelo UNICEF.

Em 2011, ano proclamado pela Organizações das Nações Unidas – ONU como o “Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes”, os debates em torno do dia 13 de maio tornam-se de suma importância para entendermos a realidade atual da população negra no Brasil. Como um país que, hoje, segundo os dados mais recentes do censo de 2010 do IBGE, tem em sua população aproximadamente 54% de negros e no entanto oferece tão poucas oportunidades à estas pessoas?

 

A coisificação do negro no período da escravidão e a privação de direitos e ausência de políticas públicas que promovessem a emancipação do negro no período pós-escravidão, configuraram a atual sociedade brasileira onde o comum se torna normal e a ausência de negros nos cargos de alto comando de órgãos públicos e privados, nas universidades, nos espaços de decisão política e o grande número dos mesmos nos morros, no sistema penitenciário, no trabalho informal, ou que vivem abaixo da linha de pobreza, denunciam uma sociedade ainda marcada pelo racismo, que não reconhece que a condição de vulnerabilidade de grande parte da população negra que, relembrando, é hoje a maioria da população brasileira e não vive em condições de igualdade de oportunidades com o resto a população é um problema de um crime histórico que precisa ser reparado.

 

Foram aproximadamente 6 milhões de negros africanos transferidos forçosamente como escravos para o Brasil, pessoas afastadas de suas famílias, tratadas como animais, como moeda de troca, maltratados, subjugados por uma prática criminosa que era protegida por lei, que precisou de outra lei para libertá-los dessas condições, mas esta lei (a Áurea) não lhes garantiu a emancipação, muito menos a dignidade de pessoas livres de direitos e iguais como enunciava a recente República.

 

Diante deste quadro histórico, o Estado Brasileiro têm cumprido sua parte com a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, em 2003, promovendo políticas reparatórias de ação afirmativa, como o sistema de cotas em universidades e em alguns órgãos públicos, e com a recente aprovação do ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL. Mas, infelizmente, ainda vemos hoje resistência a estas políticas por alguns setores conservadores da nossa sociedade e manifestações públicas e veladas de racismo e discriminação.

 

A COPPIR – Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial de Florianópolis, legitima, reforça e dá visibilidade à CAMPANHA NACIONAL SOBRE O IMPACTO DO RACISMO NA INFÂNCIA lançada pelo UNICEF.

 

A Campanha está sendo divulgada em toda a capital. As peças são cartazes, e uma cartilha que informa dados sobre a situação atual de crianças negras e indígenas e mobiliza para ações nas comunidades que são divulgadas no site do UNICEF.

 

Mais informações www.unicef.org.br e www.pmf.sc.gov.br/entidades/coppir.