Defesa Civil

30/09/2015 - Habitação
Contenção na Mariquinha chega à etapa final
Maior obra de contenção de Florianópolis foi vistoriada na manhã de terça-feira

foto/divulgação: Assessoria SMHSA

Obra foi projetada para dar estabilidade à rocha e ao terreno e garantir a segurança na área de entorno

Durante vários meses, o grande bloco de pedra ficou escondido pelo emaranhado de madeiras e escadarias que formavam os andaimes utilizados pelos operários. Os mais de 50 metros de altura da rocha passavam despercebidos, e para quem não conhece a história do deslizamento ocorrido em dezembro de 2011 na rua Waldomiro Monguilhott, na subida para a comunidade da Mariquinha, poderia até parecer uma obra de contenção comum.


Naquele verão, durante um período de chuvas intensas, aconteceu o deslizamento de um bloco de aproximadamente 200 toneladas, que se desprendeu do maciço rochoso e desbarrancou, levando junto três residências e provocando a morte de uma pessoa.


A paisagem hoje no local é bem diferente. O gramado verde recém-plantado e a rocha exposta em toda sua imponência demonstram que a obra foi finalizada, e passa agora pelas vistorias finais para liberação do local.


“Foi a maior obra de contenção já realizada em Florianópolis, e no processo tivemos que realizar uma serie de readequações para garantir a segurança pretendida no fim do processo. Essa sempre foi e continua sendo a nossa principal preocupação, e por isso vamos aguardar todos os laudos para fazer a liberação final da área”, informou o secretário de Habitação, Domingos Zancanaro, durante a inspeção realizada na manhã de terça (29), que contou com a participação das equipes técnicas da Secretaria de Habitação e da Defesa Civil, e foi acompanhada pelo presidente da Associação de Moradores, Marcelo Ferreira.


“A comunidade está muito ansiosa com a liberação da obra, e hoje vamos conferir o que pode estar faltando para que tudo fique 100%”, afirmou Marcelo. Segundo explicou, 21 famílias foram removidas de suas casas, e a expectativa pelo retorno é grande.


A obra envolveu o ‘grampeamento’ de um bloco de rocha que apresentava fissuras, e uma grande estrutura de drenagem, além de muros de contenção com gabiões – estruturas que, além de apresentar grande durabilidade e resistência, também têm capacidade de drenagem – construídos na parte mais baixa do terreno.


A vistoria começou justamente por este local, que fica próximo à avenida Mauro Ramos. Para chegar à parte mais alta da rocha (antes acessível pelos andaimes), foi necessário passar por terrenos desocupados e quintais de algumas casas atingidas em 2011. No contorno superior da rocha, foi construída uma vala, que capta e desvia a água da chuvas para os canais de drenagem que cercam o terreno.


Durante cerca de duas horas, o grupo vistoriou diversos pontos, colhendo imagens e realizando anotações que serão utilizados para a elaboração dos laudos finais. De acordo com chefe de Departamento da Defesa Civil da Capital, Luiz Eduardo Machado, qualquer liberação só será feita quando todo este trabalho estiver concluído.


“É um trabalho cuidadoso, e para que a Defesa Civil libere acesso aos moradores e ao terreno são necessários também os pareceres da equipe que participou da elaboração do projeto. Ainda esta semana voltaremos a campo, desta vez também com os projetistas, e depois da conferência e medições que devem ser realizadas pela Caixa Econômica Federal os laudos finais serão emitidos”, completou o secretário Domingos Zancanaro


galeria de imagens