Defesa Civil

15/06/2016 - Comunicação
Capital completa 4 anos sem tragédias climáticas
Desde 2011, houve redução de 85% nos alagamentos e 27% nos deslizamentos

foto/divulgação: Divulgação/Defesa Civil

Redução é resultado das inspeções diárias do órgão nas áreas de encostas

Nos últimos quatro anos, o clima seguiu seu papel na Natureza. Fez muito calor, muito frio, chuvas torrenciais caíram... Mas na Defesa Civil de Florianópolis uma grande vitória: nenhuma ocorrência com morte foi registrada na Capital nesse período.

Desde dezembro de 2011, quando um bloco de aproximadamente 200 toneladas se desprendeu do Morro da Mariquinha, levando três residências, desalojando 23 famílias e provocando a morte de uma pessoa, nenhuma outra tragédia climática foi registrada pelo órgão.

Apesar de realizar uma média de 700 atendimentos por ano, as equipes da Defesa Civil já não trabalham da mesma maneira. Hoje, o foco está na prevenção: atender aos moradores de encostas, por exemplo, antes da chuva.

“Comecei na Defesa Civil em 2008 no centro das enchentes. Trabalhávamos somente para atender ocorrências, deslocar pessoas, resolver os problemas daquele momento. Ao longo dos últimos quatro anos foi bem diferente: agimos antes de algo pior acontecer”, explicou o chefe de Departamento da Defesa Civil da Capital, Luiz Eduardo Machado.

Plantões todos os dias do ano

Para quem pensa que a Defesa Civil trabalha em regime de plantão somente em épocas chuvosas, se engana. Mesmo sem nenhuma previsão de mudança brusca no tempo, as equipes estão lá. “A natureza não faz acordos, tampouco cumpre prazos”, disse o coronel José Cordeiro Neto, diretor da Defesa Civil.

O relatório do clima é realizado ao menos duas vezes por dia, contabilizando os dados, comparando com os períodos mais chuvosos, emitindo alertas a cada alteração significativa e realizando atendimentos nas comunidades todos os dias.

“Tem gente que pensa que saímos a campo somente em dia de chuva; muito pelo contrário, nosso trabalho é intenso a qualquer tempo. Temos uma lista de visitas que fazemos diariamente. Nas casas, principalmente em encostas, orientamos como proceder para evitar deslizamentos e qualquer outro evento que possa ocorrer. Temos de estar à frente, sempre”, contou Machado.

Alagamentos e deslizamentos diminuem

A prevenção tem dado resultado. Além de há quatro anos não haver registro de morte em razão de desastres climáticos, os dados da Defesa Civil apontam redução de 86% nos alagamentos, em virtude das ações preventivas relativas à abertura de canais e valas de drenagem, e de 27% nos deslizamentos, com a continuidade das ações estruturantes como muros de contenção, remoção de pessoas, drenagem e esgoto, entre outros, principalmente no Maciço do Morro da Cruz, área com maior necessidade de intervenção.

“Esta manutenção das condições de segurança torna Florianópolis uma das capitais mais seguras, se não a mais segura no quesito Defesa civil, sem registro de mortes decorrentes de eventos climáticos adversos por longos períodos. Isso não foi sorte, e sim muito trabalho”, garantiu a agente de Defesa Civil Lucia Faraco.

Os dados

2011:

Rocha: 19

Alagamento: 310

Deslizamento: 129

Muro: 55

Árvore: 7

Outros: 211

Total: 731

 

2015

Rocha: 23

Alagamento:41

Deslizamento: 105

Muro: 60

Árvore: 92

Outros:212

Total: 533
*dados de 2016 só serão contalizados no fim do ano


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