16/02/2017 - Economia
Boa opção de renda extra
Há quem busque um “respiro” em meio à crise, mas também há aqueles que buscam empreender

foto/divulgação: Cristiano Andujar

Eunice trabalha como atendente de quiosque

A oportunidade de trabalhar como ambulante autorizado no Carnaval 2017 possibilita aumento extra de renda tanto para quem está no “sufoco” com a crise econômica, quanto para os que estão em vias de empreender.

 

Ao todo, a Secretaria Executiva de Serviços Públicos  (SESP), vinculada a Segurança Pública, disponibilizou 415 vagas para comércio de alimentos em veículos; comércio de bebidas (água, refrigerante e cerveja em lata) em caixas térmicas/isopor; comércio de artigos carnavalescos; carrinhos para venda de cachorro-quente, chopp e coquetel; barracas para venda de carne de sol, churrasqueiras para comércio de espetinho e veículos para comercialização de gelo durante o Carnaval 2017.

 

Eunice Fernandes de Souza, de 57 anos, moradora do José Mendes, disputou com um total de 461 pessoas físicas uma das 200 vagas para vender bebidas (cerveja, refrigerante e água) em caixas térmicas ou isopores, na região central da cidade, de 24 a 28 de fevereiro. E teve a sorte de integrar a lista dos que foram sorteados eletronicamente. Ela, que cursou até o 5º ano, já tem os filhos casados, mas quer aproveitar a época para fazer “um troco”. Segundo ela, o trabalho garante um fôlego extra nas finanças domésticas. “Dívida a gente sempre tem”, comenta Eunice preocupada com a prestação mensal de uma loja.

 

E, embora não tenha noção de quanto poderá lucrar nas festas de momo, está otimista em conciliar o trabalho de atendente de quiosque - que faz de segunda a sexta-feira, de sete a oito horas por dia, e que lhe rende R$ 800 por mês - com o comércio de bebidas durante o Carnaval de Florianópolis. “Pretendo sair a vender na Praça XV porque dá mais movimento, o pouco que entrar é suficiente, ajuda”, comemora.

 

 

Beertruck

 

Realidade bem diferente vive o fisioterapeuta Gustavo Ribeiro Di Mase, natural de Ribeirão Preto (SP), mas radicado em Florianópolis há 14 anos e residente no Itacorubi. Ele tem 34 anos e, por enquanto, não pensa em mudar de carreira.

 

Na condição de pessoa jurídica, também foi autorizado a trabalhar como ambulante no Carnaval da cidade, podendo vender alimentos em veículos tipo food truck, tawner ou trailer, na Praça XV de Novembro, no entorno da Passarela Nego Quirido ou próximo do Terminal Cidade de Florianópolis.

 

Porém, ele, o sócio e as esposas vão comercializar chopp artesanal num trailer adaptado, a que chamam de “beer truck”, tal como fazem há quase um ano em eventos particulares e públicos. A intenção, neste caso, é amortizar em 10% o investimento feito no negócio.

 

“A crise, por um lado, abre expectativa, mas dá uma drenada no mercado”, ressalta Gustavo, que não esconde o sonho de que o empreendimento seja bem sucedido, a ponto de empregar pessoal, e até mesmo, de virar uma franquia. “Começou como um hobby, mas estamos tentando transformar num modelo de negócio”, relata o empreendedor.