Assessoria de Políticas Públicas para Mulheres e Igualdade de Gênero

02/12/2014 - Eventos
Palestras têm como tema a violência obstétrica
Assistentes sociais da SMHSA ficaram responsáveis pela mobilização das comunidades para os encontros

foto/divulgação: Divulgação

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Uma em cada quatro mulheres, no Brasil, sofre algum tipo de violência no atendimento ao parto, segundo pesquisas da Fundação Perseu Abramo, e a falta de informação contribui para que muitas mulheres sequer reconheçam que foram vítimas de violência obstétrica. A Secretaria Municipal de Habitação e Saneamento, por meio de suas assistentes sociais, colaborou com a realização de uma serie de palestras sobre o tema em comunidades do Maciço do Morro da Cruz e comunidade Chico Mendes.


As palestras integraram a programação da 6ª edição dos 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, evento que se iniciou no dia 20 de novembro e se estende até o dia 10 de dezembro, e foi promovido pela Coordenadoria Estadual da Mulher, juntamente com a Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres.


Segundo Gisele Corrêa, uma das articuladoras das palestras, o objetivo desses encontros é disseminar a informação e fazer com que as mulheres conheçam seus direitos e que os façam valer na hora do trabalho de parto, parto e pós-parto, e inclusive durante a gestação.


“Com informação, podemos minimizar a violência verbal, psicológica e física a que muitas mulheres são submetidas. Além disso, queremos incentivar as denúncias de violência obstétrica, pois acreditamos que as pesquisas não refletem a realidade e esses números sejam maiores”, disse Gisele.


Durante as palestras foi distribuído um folheto explicativo, onde são listados itens que configuram violência obstétrica e os locais onde podem ser feitas as denúncias.


As palestras tiveram o apoio do Grupo Gestar Florianópolis, e de muitas ativistas pela humanização do parto e nascimento. Mariana Andrade foi a responsável pela organização das  profissionais que conduziram as palestras, em sua maioria doulas (educadoras obstétricas, sem formação médica, que acompanham a gestante durante o período da gestação até os primeiros meses após o parto, com foco no bem estar da mulher e da criança).


As assistentes sociais da SMHSA ficaram responsáveis pela mobilização das comunidades e ambientação dos locais onde aconteceram os encontros.


A ideia é dar continuidade ao projeto. “O interesse manifestado pela Secretaria de Habitação por meio de suas assistentes sociais foi importante para que tivéssemos a oportunidade de contemplar um número maior de mulheres, principalmente usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Encaramos esse projeto como um primeiro contato, e com articulações futuras faremos, com certeza, que mais mulheres se empoderem de seus direitos”, assinalou Gisele.