Gestão de Resíduos (SMMA)

14/05/2015 - Serviços
Comcap discute lixo zero no Dia do Gari
Conversa sobre a produção de resíduos sólidos será nesta sexta-feira, no Plenarinho da Assembleia Legislativa

foto/divulgação: Ana Paula Alves Lima

Claudio Viganigo, o Cadinho

A Comcap realiza nesta sexta-feira (15), das 9 às 10h30, o evento Vida sem lixo – reflexões sobre o Dia do Gari.  No Plenarinho da Assembleia Legislativa, será formada uma mesa de debate sobre a produção de resíduos sólidos. Na ocasião, a designer Cristal Muniz, de 23 anos, compartilha sua experiência de lixo zero durante um ano, inspirada na americana Lauren Singer, que não produz lixo há dois anos.

 

Em paralelo, estarão em exposição fotos do esforço cotidiano dos garis feitas pela estudante de Fotografia da Univali Ana Paula Alves Lima. E parte das coleções do Museu do Lixo da Comcap que educa para o consumo sustentável.

 

Trata-se de uma homenagem ao Dia do Gari, que é em 16 de maio, no sábado. “Pretendemos aproveitar a ocasião para falar sobre a necessidade de reduzir a produção de lixo. Em Florianópolis, cada pessoa produz mais de um quilo de resíduos por dia, isso precisa ser repensado”, aponta o presidente da Comcap, Marius Bagnati.

 

Objetivos 

 

  • Homenagear os garis pela passagem do seu dia, em 16 de maio.
  • Abrir discussão mais flexível e informal sobre redução, reuso e reciclagem, aproveitando boas práticas já existentes.
  • Orientar a discussão sobre a necessidade de reduzir a produção de resíduos sólidos e de ampliar os índices de recuperação dos materiais para atender às metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
  • Aproximar os universos de quem produz e quem recolhe os resíduos, humanizando a figura do gari para alertar sobre os impactos da geração de lixo.
  • Inserir a proposta da formalização do Museu do Lixo em contexto de educação ambiental, economia circular e consumo consciente.

 

Convidados para a mesa

 

Marius Bagnati, presidente da Comcap, vai abordar o tema Desconstrução do Presente  e mediar a conversa

 

 José Vilson de Souza, diretor de Operações da Comcap

 

 Eduardo Garcia, diretor Administrativo-financeiro da Comcap

 

Márcio Ribeiro, gerente do Departamento de Coleta de Resíduos Sólidos da Comcap

 

Alex Santos, presidente do Sintrasem

 

Cristal Muniz,  blogueira que assumiu o compromisso de passar um ano sem produzir lixo. Fará apresentação dessa vivência

 

Rafaele Terezinha dos Santos, gari da coleta convencional

 

Ivan de Lima Barbosa, gari da coleta convencional

 

Rudnei Manoel, gari da coleta seletiva

 

Simone Bobsin,  jornalista multimídia, apresentadora do Missão Casa na TVCOM e de programa na Itapema, editora do Anuário de Arquitetura de Santa Catarina,  com experiência de 20 anos em arte, decoração e design. Vai na ocasião formalizar sua adesão ao programa Amigos do Museu do Lixo

 

Ana Paula Lima, acadêmica de Fotografia da Univali, que está realizando trabalho de iniciação científica Cidadão Invisível – A Invisibilidade do Outro, autora das fotos dos garis da Comcap

 

Lúcia Valente, acadêmica de Museologia da UFSC que faz trabalho de conclusão de curso sobre o Museu do Lixo da Comcap

 

Marc Rossetto, estudante de Engenharia Ambiental da Universidade de Trento, na Itália, que atualmente faz estágio na Comcap.

 

Na Comcap

  • São 407 garis que trabalham na coleta de resíduos sólidos convencional e seletiva.
  • Cada gari recolhe em torno de 4 toneladas por dia.
  • Nos roteiros onde há contentores, a coleta é mecanizada e o esforço reduzido.
  • Hoje  em torno da metade dos garis tem até 10 anos de Comcap.
  • Dois terços deles têm até 20 anos.
  • A companhia, portanto, equilibra um time maduro, mas  com força de trabalho renovada a partir do concurso de 2008.
  • A maioria já chegou ou concluiu o  Ensino Médio. Há seis com ensino superior e um com pós-graduação.
  • Há 12 mulheres no quadro de garis da Comcap.
  • A equipe valoriza cada vez mais a importância da profissão para o saneamento ambiental.
  • Embora a grande maioria trabalhe na coleta convencional, é crescente a ocupação na coleta seletiva, modalidade que mais cresce na companhia.  

 

Lotação dos garis da Comcap (292):

 

  • 62 garis na coleta seletiva
  • 195 na coleta convencional
  • 35 em áreas críticas e servidões
  • Os demais (115)  estão em aposentadoria por auxílio doença ou outros setores como de roçagem e limpeza de valas, remoção e estação de transferência de resíduos.

 

Por que 'gari'?

Pedro Aleixo Gary foi o francês que, ainda durante o Império, assinou o primeiro  contrato de limpeza urbana no Brasil, para limpar as ruas depois da passagem de cavalos.  Os cariocas acostumaram-se  a chamar a “turma do gari” quando precisavam  de serviços de limpeza.

Em capitais como Rio ou São Paulo, são chamados garis todos os trabalhadores em limpeza urbana. Aqui, por costume e convenção, só os que operam a coleta de resíduos sólidos.

 


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