Gestão de Resíduos (SMMA)

14/07/2015 - Meio Ambiente
Produção orgânica no Viva a cidade em agosto
Em agosto, estimam Comcap, Sesp e CDL, produtores orgânicos poderão ocupar Terminal Cidade de Florianópolis

foto/divulgação: Adriana Baldissarelli

Glaicon José Sell na reunião sobre agricultura urbana e produção agroecológica

O projeto Viva a Cidade, no Centro da Capital, pode passar a contar, a partir de agosto, com a venda de produtos orgânicos. Em reunião na CDL de Florianópolis na manhã desta terça-feira (14), representantes do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) explicaram o processo de certificação de produtos sem agrotóxicos, ambiental e socialmente adequados. Até o final deste mês, nova reunião incluirá os produtores orgânicos interessados em comercializar na feira que ocorre aos sábados.

 

De acordo com os representantes da PMF na reunião - o secretário executivo de Serviços Públicos, Aldo Martins, e o presidente da Comcap, Marius Bagnati - há possibilidade de a produção orgânica ser instalada no Terminal Cidade de Florianópolis. Até lá, as peixarias que hoje ocupam o espaço terão voltado para o Mercado Público.

 

“O projeto Viva a Cidade tem o compromisso de revitalizar a ala leste da Praça XV, devolvendo a saúde financeira e valorizando as expressões culturais naquelas ruas e espaços”, disse Martins sobre o projeto da PMF em parceria com a CDL. Implantar a comercialização de orgânicos ali seria o pontapé inicial para esse projeto que pretende estimular tanto a agricultura urbana como a produção e comercialização de produtos orgânicos.


Produtores aprovam

Entre os representantes dos produtores, Glaico José Sell, engenheiro agrônomo, do Instituto Eco e produtor em Paulo Lopes, e Giovana Cristina Voigt, da Yanti Produtos Orgânicos, aprovaram a ideia do novo espaço de comercialização e garantiram que há pessoas interessadas e com capacidade de atender a demanda por alimentos de qualidade.

Marius Bagnati lembrou que no passado a Comcap introduziu os cestões do povo (mais tarde Direto do Campo) na cidade. “Trabalhamos na época para criar uma alternativa de abastecimento popular e introduzir um regulador de preços dos hortifrutigranjeiros no mercado”, observou. A mesma ideia agora é “ampliar e aproximar a oferta de orgânicos para ajudar a baixar o custo e proporcionar o acesso de mais pessoas a uma alimentação de qualidade”.

No bom caminho

Eduardo A R Amaral, da Superintendência Federal de Agricultura, depois de explicar os diferentes processos de certificação de orgânicos que existem no Brasil, colocou-se à disposição para ajudar a articular o treinamento de pessoas no município, em parceria com a Epagri, possivelmente. Tanto para organizar a experiência em feiras quanto a produção.  

Ele apontou referências positivas como as da Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio Janeiro ou da Rede Ecovida no Sul e Sudeste. “Essa visão agroecológica da Prefeitura Municipal de Florianópolis vai por um bom caminho”, estimou. Segundo Amaral, estão em discussão no Mapa questões relacionadas ao uso de composto na produção orgânica. Ele também apontou que ainda não há registro para produtores urbanos ou periurbanos, em razão das exigências do Pronaf para classificação da produção agrícola.

Produção de composto de qualidade

“A Comcap está determinada a ser uma indutora desse novo modelo de alimentação saudável em Florianópolis”, assegurou Bagnati. Até porque, pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, o município precisa aumentar a escala de recuperação de resíduos orgânicos. “Temos de conhecer e estimular as experiências que já existem e implantar novas formas de coleta seletiva diferenciada de material orgânico para, com a origem comprovada, produzir composto de qualidade que possa ser usado em hortas urbanas”, resumiu.


galeria de imagens