Gestão de Resíduos (SMMA)
A primeira Conferência Municipal de Saneamento Básico de Florianópolis foi encerrada na quinta-feira com a votação das propostas sobre esgotamento sanitário. Nos dias 23 e 24 de julho, foram aprovadas mais de 100 propostas na área de resíduos sólidos. O evento da Secretaria Municipal de Habitação e Saneamento reuniu representantes do poder público, de agências de regulação, empresas, da academia e de organizações civis, como associações de moradores, para discutir as demandas e alternativas relacionadas ao saneamento básico da Capital.
Sob o tema “Desafios da implementação da política municipal e da gestão do saneamento básico”, o presidente da Comcap, Marius Bagnati, abordou temas como a inclusão dos catadores no programas municipais de coleta seletiva; a revisão da taxa cobrada no IPTU e a busca por uma maior sustentabilidade econômica no sistema de coleta.
O sistema atual, apontou o presidente, apresenta inconsistências como no setor de construção civil. Os prédios, enquanto estão sendo construídos, embora não tenham moradores, já produzem resíduos e não pagam taxa de coleta de resíduos sólidos. O valor cobrado, a propósito, contempla apenas a coleta convencional. Não cobre os custos de coleta seletiva, realizada uma ou duas vezes por semana nos bairros e diariamente no Centro, nem da coleta de resíduos volumosos feita uma vez por ano em todos os bairros ou mesmo da limpeza pública.
Maior fiscalização e modernização do sistema
Bagnati também observou a falta de autonomia da empresa quanto à fiscalização dos usuários do sistema de coleta. “Recebemos muitas solicitações de fiscalização através de ouvidoria, só que a Comcap não tem autonomia para fazê-lo”, comentou o presidente quanto ao descarte irregular de resíduos.
Por último, referiu-se aos planos de modernização da coleta. Um deles seria a instalação de contêineres de maior volume nas ruas como já é praticado em cidades como Caxias do Sul. A conteinerização substituiria o sistema de coleta porta a porta em algumas áreas da cidade, exigindo que morador se deslocasse para levar os resíduos até um ponto mas, em contrapartida, alargando o limite de horário para a entrega dos materiais à coleta.
(Texto Oracy Heiderscheidt e fotos Tiago Bento, estagiários da Assessoria de Comunicação Social da Comcap)
