Gestão de Resíduos (SMMA)

02/06/2010 - Meio Ambiente
Triplica a produção da coleta seletiva em Florianópolis
Acoleta seletiva reduz em dois os 35 andares em que se amontoariam o lixo produzido na Capital em um ano

foto/divulgação: C. E. Menino Jesus/Divulgação

Joseane Rosa e Ricardo Conceição apresentam o esquete Dona Tainha e seus amigos

O presidente da Comcap, Wilson Cancian Lopes, a propósito do Dia Mundial do Meio Ambiente, informa que a coleta seletiva só no Centro de Florianópolis tem conseguido produzir o que até 2008 era a produção mensal da cidade inteira. Em maio deste ano, foram recolhidas no Centro 189 toneladas de materiais recicláveis. Em toda a cidade, a média mensal mais do que triplicou em um ano e atingiu, também em maio, 640 toneladas.

Hoje, a coleta seletiva da Comcap produz, portanto, 6% do total de resíduos sólidos coletados na cidade. “Se a produção de um ano em Florianópolis fosse acumulada, teríamos uma montanha de lixo equivalente a uma torre de 35 andares. Com a quantidade reciclada hoje, conseguimos diminuir esta pilha em pelo menos dois andares”, compara Lopes.

Pela caracterização dos resíduos sólidos produzidos na Capital, aponta, 38% correspondem a material seco que poderia ser reciclado, mas que, como não são separados pelo cidadão, seguem para o aterro sanitário. Nesta comparação, o resultado da coleta seletiva corresponde a 15,38% do potencial reciclável.

Conquista ambiental e redução de custos públicos

“Tem sido uma grande conquista: separar melhor o lixo representa ganho certo para a cidade. Só no ano passado, a Prefeitura Municipal de Florianópolis economizou em torno de R$ 600 mil com o que foi reciclado”, afirma Lopes. A coleta seletiva diminui os custos públicos com transporte e destinação de lixo e gera renda para associações de catadores e triadores. Diminui o impacto ambiental com a redução da necessidade de retirada de matéria-prima da natureza e o aumento na sobrevida aos aterros sanitários.

Em fevereiro deste ano, a coleta seletiva passou a ser diária em 73 ruas do Centro da cidade. Gradativamente a frequência será ampliada em todo o triângulo central, com a consequente redução no roteiro da coleta convencional em áreas residenciais.

Mutirão no Mercado e Camelódromo

Como parte da programação em torno da semana do Meio Ambiente será feito, até o final do mês, um mutirão educativo em parceira com as organizações Nosso Lixo e FloripAmanhã no Camelódromo e Mercado Público Municipal.

De acordo com a gerente do Departamento Técnico da Comcap, engenheira sanitarista Flávia Guimarães Orofino, um contingente de 15 pessoas será destacado para esclarecer o modo adequado de separar e destinar materiais recicláveis. A meta, observa, é tornar o Centro da Capital um modelo de sustentabilidade na questão dos resíduos sólidos.

No Centro

Como participar

  1. Separar os recicláveis secos como papel, plástico, vidro e metal e colocar em sacos plásticos de cor azul clara ou transparentes. Colocar na rua para recolhimento, de segunda a sexta, a partir das 19h.
  2. Separar o lixo orgânico (molhado) e rejeito (lixo sanitário) e colocar em sacos plásticos dentro do contentor. Colocar o contentor na rua, de domingo a sexta, a partir das 20h.

Observação: Desmontar e amarrar as caixas de papelão

 Por que participar

  • Tornar o Centro de Florianópolis um modelo de reciclagem dos resíduos sólidos
  • Dar condições adequadas de trabalho aos catadores
  • Melhorar o fluxo de trânsito e a qualidade da paisagem do Centro
  • Agregar valores ambientais ao endereço comercial, com a destinação adequada dos resíduos sólidos
  • Contribuir com a preservação ambiental.

 Confira a programação da coleta seletiva por bairro da cidade, clicando aqui.

 Programação interna

Como programação da Semana de Meio Ambiente, a equipe de Educação Ambiental da Comcap realizou oficinas internas de reaproveitamento de materiais. Maria Prá capacitou auxiliares operacionais do setor de varrição a fazer fuxico. Valdinei Marques e Adriano Corbellini ministraram oficina de Puffpneu. Joseane Rosa levou o esquete “Dona Tainha e seus amigos pedem ajuda” (veja vídeo) para a Casa da Criança, na comunidade do Mocotó, mesma animação que já havia realizado com os estudantes do Colégio Menino Jesus. A equipe que atende mais de 5 mil estudantes por ano, em visitas ao Circuito do Museu do Lixo, eventos e palestras, também participa de atividades externas relacionadas à data.


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