Gestão de Resíduos (SMMA)

09/01/2019 - Comcap
Novo presidente quer melhorar resposta da Comcap à sociedade
Foco da gestão será tornar a estrutura mais flexível e adaptada às demandas de pronta reação nos serviços de coleta e limpeza

foto/divulgação: Adriana Baldissarelli

Márcio Luiz Alves, novo presidente da Comcap

O coronel da reserva da PM Márcio Luiz Alves assumiu a presidência da Comcap com meta de melhorar a pronta resposta da Autarquia de Melhoramentos da Capital, concessionária dos serviços de coleta de resíduos e limpeza pública. Especialista em Defesa Civil e Segurança Pública, o novo presidente confia que a experiência em gestão de risco e desastre pode ser aplicada para melhorar o atendimento ao cidadão de Florianópolis, conforme tem determinado o prefeito Gean Loureiro.

 

“A cidade demanda respostas diárias da Comcap e, a cada dia, uma solução diferente deve ser oferecida. A geração de lixo é diferente todo dia, depende do clima, do período do ano, do número de visitantes, do poder aquisitivo e, acima de tudo, da atitude do cidadão ao descartar o produto pós-consumo”, analisa Márcio Alves. Ele explica que, se dimensionar toda a estrutura para atender o período de pico, entre Natal e primeiras semanas de janeiro, a Comcap fica muito cara. Se enxugar demais, dimensionando a estrutura para o período de baixa temporada, fica ineficiente.

 

“Vamos chegar a um ponto de equilíbrio que atenda às sazonalidades, de modo que a estrutura seja adequada para a média de produção, com processos suficientemente flexíveis para atender os momentos de alta e de baixa numa relação de custo e benefício favorável à cidade”, propõe o diretor presidente.

 

Para começar, Márcio Alves vai focar na ampliação de estruturas para entrega voluntária de resíduos em três eixos:

 

 

  • ampliação da rede de PEVs (pontos de entrega voluntária) de Vidros

 

  • ampliação da rede de Ecopontos da Comcap, dotando-os de capacidade para receber também resíduos orgânicos para compostagem

 

  • ações para manter limpo o Centro da cidade, incluindo a implantação de um Ecoponto para entrega voluntária de recicláveis secos e orgânicos.

 

 

Também pretende melhorar a oferta de informação ao usuário da coleta com sistema web e aplicações em tempo real.

 

Perfil novo presidente

 

Márcio Luiz Alves é oficial da Polícia Militar de Santa Catarina, foi para a reserva em 2015, ocupando posto de coronel, depois de 32 anos de serviços. Foi diretor da Defesa Civil do Estado de Santa Catarina entre 2006 e 2010; secretário adjunto da Defesa Civil do Estado de 2011 a 2013; diretor da Fatma de 2013 a 2016, nas áreas de fiscalização, proteção de ecossistemas e administração. Pós-graduado em Gestão da Segurança Pública, começou mestrado em Engenharia Civil. Por sua destacada atuação em prevenção a desastres e em defesa civil, foi representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) durante 10 anos e chegou a presidir o Conselho Nacional de Defesa Civil. Foi delegado brasileiro nas conferências mundiais de Defesa Civil em Genebra, na Suíça, de 2007 a 2013, e na conferência das Américas entre 2008 e 2014. Representou o Brasil na Conferência Global Japão de 2005 e 2015. Na Prefeitura de Florianópolis ocupava a secretaria de Cultura, Esporte e Juventude antes de assumir a presidência da Comcap. É suplente de vereador e exerceu o cargos por dois meses em 2018.

 

O novo presidente tem ligação afetiva com a Comcap. Seu pai, Luiz Carlos Alves, o Baliza, foi diretor da fábrica de cimento ligada à origem da Comcap. Ele trabalhou na empresa de 1986 a 1990 e só a deixou quando morreu, vítima de câncer.

 

 

Resultados na movimentação de resíduos

 

A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Comcap, movimentou 209 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos em 2018 com desvio de praticamente 6% do aterro sanitário. As metas de recuperação do Plano Municipal Integrado de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PMGIRS) para a cidade já eram ousadas e foram antecipadas pelo decreto que tornou a cidade a primeira capital brasileira lixo zero.

 

Hoje, a Comcap já realiza 56% da meta de desvio de recicláveis secos e 19% da meta para resíduos orgânicos. Mas a meta é da cidade e não apenas do poder público, por isso devem ser acrescidas aos indicadores as quantidades desviadas em iniciativas comunitárias, particulares e de organizações. Esse sistema de informações integradas está em desenvolvimento pela Prefeitura de Florianópolis.

 

 

Movimentação de resíduos em 2018

Departamento de Coleta de Resíduos Sólidos

Comcap

Serviço 

 Quantidade

REJEITOS

Resíduos sólidos – coleta convencional porta a porta, remoção, caixa tipo brooks, roll-on-roll-off, CVR e rejeito galpões de triagem

193.829 toneladas

RECICLÁVEIS 

Resíduos sólidos - coleta seletiva porta a porta

10.356 toneladas

Pontos de entrega voluntária (PEVs) de vidro e outras embalagens

415 toneladas

Ecopontos recicláveis secos

314 toneladas

Ecopontos vidros

270 toneladas

Doações recicláveis recebidas pela ACMR

248 toneladas

Madeira 

99 toneladas

Metal

169 toneladas

Pneus

156 toneladas

Orgânicos podas

2.816 toneladas

Orgânicos compostagem restos de alimentos

616 toneladas

Óleo vegetal

4 toneladas

Reciclagem eletrônicos

1 tonelada

Total resíduos

209.318 toneladas

% DESVIADO DO ATERRO SANITÁRIO

5,99%

 

 

Resumo destino final dos resíduos

REJEITOS – ATERRO SANITÁRIO

Coleta convencional domiciliar

191.294 toneladas

Rejeito galpões coleta seletiva

2.525 toneladas

RECICLÁVEIS SECOS – DOAÇÃO ASSOCIAÇÕES CATADORES

Coleta seletiva, Ecopontos e PEVs

12.052 toneladas (4,91% de desvio para meta de 24%)

RECICLÁVEIS ORGÂNICOS – COMPOSTAGEM COMCAP

Restos de alimentos, podas e roçagem

3.437 toneladas (4,69% de desvio para meta de 25%

 

 

Pela caracterização dos resíduos sólidos domiciliares coletados em Florianópolis:

 

  • 35% são orgânicos (24% restos de alimentos e 11% resíduos verdes como podas, restos de jardinagem e folhas varridas na limpeza pública)
  • 43% são recicláveis secos (embalagens de plástico, papel, metal e vidro)
  • 22% são rejeitos (lixo sanitário e outros materiais que não podem ser recuperados).

 

 

 

Em 2018

          Meta desvio do aterro       Realizado        Em relação a meta

 

Recicláveis secos (metal, vidro, papel e plástico)

              24%                                  13,39%                           56%

 

Orgânicos (podas e restos de alimentos)

             25%                                    4,69%                            19%

 

 

Projeção 2020                                               

Recicláveis secos             37%                            

Orgânicos                        45%                       

 

Projeção 2030                                               

Recicláveis secos             60%                            

Orgânicos                        90%        


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