Gestão de Resíduos (SMMA)

29/05/2019 - Comcap
PMF finaliza primeira etapa do Minhoca na Cabeça
Mais 100 kits para compor minhocários serão entregues durante Semana do Meio Ambiente

foto/divulgação: Divulgação Comcap

Finalização entrega primeiro lote do Minhoca na Cabeça

A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Comcap, concluiu nesta quarta-feira (29) a entrega do primeiro lote de 500 kits do projeto Minhoca na Cabeça para compostagem domiciliar. De acordo com o presidente da Comcap, Márcio Alves, 100 novos kits serão disponibilizados em oficinas durante a Semana do Meio Ambiente e 700 no decorrer deste ano.

 

Além do estímulo à valorização dos resíduos orgânicos nos domicílios, indica o presidente, a Comcap tem aumentado a implantação de pátios de compostagem comunitários.

 

Mais 100 kits de minhocários

 

De acordo com a gerente da Divisão de Gestão Ambiental, Daiana Bastezini, durante a Semana do Meio Ambiente, serão entregues minhocários para moradores de Florianópolis já inscritos em lista de espera do projeto. As oficinas para entrega dos 100 kits adquiridos com recursos próprios da Comcap serão realizadas quinta-feira (6), às 9h; sábado (8), às 14h e terça-feira (11), às 9h, no Jardim Botânico de Florianópolis.

 

Com o primeiro lote de minhocários, a estimativa é que, juntos, os participantes consigam recuperar 292 toneladas de resíduos orgãnicos em seus próprios domicílios. Com isso, reduzirão a pegada de carbono de Florianópolis e permitirão uma economia de R$ 43 mil em transporte e aterramento.

 

Monitoramento MMA

 

Essa etapa final foi acompanhada pela analista do Ministério do Meio Ambiente Bianca Oliveira Medeiros. A analista está em visita técnica à Comcap, já que o Fundo Nacional de Meio Ambiente faz o acompanhamento técnico do projeto de valorização de resíduos orgânicos da Prefeitura de Florianópolis que conta com R$ 1 milhão em recursos financiados pelo Fundo Socioambiental da Caixa.

 

_Projeto de valorização de orgânicos da Prefeitura de Florianópolis, por meio da Comcap, com recursos do governo federal_

 

Coleta Seletiva de Orgânico

 

 - Instalação de PEVs de orgânicos nos Ecopontos da Comcap, centros de saúde, escolas da rede municipal.

 

- Implantação de coleta seletiva de orgânicos ponto a ponto

 

- Piloto de coleta seletiva de orgânicos na modalidade ponto a ponto nos bairros Monte Verde e Itacorubi (prédios do entorno do Jardim Botânico).

 

Minhoca na Cabeça

 

A cada 500 minhocários doados, meta é o desvio de 292 toneladas de orgânicos por ano com economia de R$ 43 mil em transporte até o aterro e redução na emissão de gases de efeito estufa.

Os resíduos domiciliares devem ser separados em três frações:

 

- RECICLÁVEIS SECOS embalagens de plástico, vidro, metal e papel. Destino correto é a coleta seletiva da Comcap, porta a porta ou em ponto de entrega voluntária. Entre os produtos e embalagens recicláveis escolher sempre os mais duráveis que possam ser reusados. Banir descartáveis.

 

- RESÍDUOS ORGÃNICOS restos de alimentos, de origem vegetal e animal, como frutas, verduras, casca de ovo. Destino correto é a compostagem no próprio quintal ou em pátios comunitários.

 

- REJEITO aquilo que não tem jeito, ou porque não é reciclável, ou porque ainda não há mercado para reabsorvê-lo, como lixo do banheiro. Destino correto é a coleta convencional da Comcap.

 

 

 

Em Florianópolis, moradores e visitantes geram 209 mil toneladas de resíduos sólidos por ano. Esse volume é coletado pela prefeitura, por meio da Comcap, nos bairros e balneários que se distribuem por toda Ilha de Santa Catarina e pela porção continental da capital dos catarinenses.

 

A maior parte desse lixo todo é rejeito. Simplesmente porque papel, plástico, metal e vidro deixaram de ser entregues de forma separada para a coleta seletiva da Comcap. Simplesmente porque restos de comida e de poda deixaram de ser encaminhados à compostagem.

 

Não tem mágica: é o gerador quem escolhe o destino daquele resíduo. Se a pessoa entregar para o roteiro da coleta convencional, ninguém mais poderá colocar a mão naquele resíduo. A Comcap será obrigada a levar até a estação de transbordo do Itacorubi e, dali, seguirá para o aterro sanitário. É caixão!

 

 

Todo dia chegam ao Centro de Valorização de Resíduos da Comcap, no Itacorubi, 75 caminhões compactadores cheios de lixo. Ali, os resíduos são vazados para carretas (cada carreta recebe a carga de cinco caminhões compactadores) e seguem até o aterro de Biguaçu.

 

A cada tonelada que vai para o aterro sanitário, 350 quilos são restos de comida e podas que poderiam ter virado composto, 400 quilos e meio são plástico, papel, metal e vidro que poderiam ter sido destinados à coleta seletiva. Apenas 200 quilos são rejeito, aquilo que não tem jeito, que vai para aterro mesmo.

 

É por estar misturado que esses resíduos viraram lixo e, como rejeitos são colocados em carretas e seguem para o aterro sanitário de Biguaçu. Há 46 quilômetros de distância!

 

Para dar uma segunda chance aos materiais, só há um malabarismo possível: SE- PA- RAR!  Separar em três frações: orgânico compostável, reciclável seco e rejeito.

 

Às vezes até a gente precisa se separar de alguém ou se afastar de algum lugar para enxergar melhor. Para perceber o valor daquilo. É assim com resíduos: quanto mais separados, mais VA-LI-O-SOS se tornam, porque podem voltar para a natureza ou para o ciclo econômico.

 

Uma coisa é U-MA COI-SA, outra coisa é OU-TRA COI-SA! Depois de separar certo, tudo fica mais fácil, a cozinha e as áreas de manejo ficam mais limpas e arrumadas. Aí é só dispor para a coleta no dia, modo e lugar certos. Entregar para a coleta de caminhão ou nos pontos de entrega voluntária ou mesmo Ecopontos da Comcap.

 

Procure informações no site www.pmf.sc.gov.br/comcap para saber qual o dia e lugar de cada coleta. Ajude, Florianópolis tem metas a cumprir. É Floripa Lixo Zero 2030.

 

Em 2030, se tudo der certo, a cidade vai deixar de mandar para o aterro sanitário 60% dos recicláveis secos e 90% dos resíduos orgânicos. Aqueles 75 caminhões que chegam todo dia ao CVR serão apenas 35. As 19 carretas que atravessam a Ponte Colombo Sales com destino ao aterro de Biguaçu serão apenas nove.

 

Isso permitirá uma economia de R$ 16 milhões ao ano para Florianópolis com redução no custo de aterro e gerará R$ 40 milhões em receitas para a sociedade com a reciclagem.

 

Lixo, lembre-se, é o que sobra entre o desejo e a necessidade humana. Está com os dias contados a sociedade que supervaloriza o consumo e joga coisas fora. O modelo de retirada e descarte de materiais da natureza será trocado por uma economia circular e regenerativa.

 


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