Gestão de Resíduos (SMMA)
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A coleta de recicláveis pela Comcap aumentou 13,47% em 2019, em contraste com a coleta convencional (rejeito) que estacionou em zero por cento, interrompendo a tendência de alta entre 3% e 6% das últimas décadas.
“Os dados demonstram que o cidadão tem participado do esforço Floripa Lixo Zero 2030 proposto pela Prefeitura de Florianópolis”, aponta o presidente da Autarquia de Melhoramentos da Capital Comcap, Márcio Alves. Os ganhos com a coleta seletiva já somam R$ 8 milhões ao ano entre o que a Prefeitura de Florianópolis deixa de gastar com aterro sanitário e a renda proporcionada para 11 associações de triadores da Grande Florianópolis.
A coleta seletiva de recicláveis secos e orgânicos da Comcap movimentou 17.575 toneladas de resíduos em 2019. Em 2018, foram 15.489 toneladas. “Mais importante é que esse aumento na seletiva ocorreu ao mesmo tempo em que a convencional estacionou. Significa que o usuário do sistema atendeu ao apelo para separar mais e melhor”, festeja o presidente.
Economia circular e agricultura urbana
Ao mudar o destino dos resíduos do lixo para a reciclagem, o cidadão promove a economia circular, com ganhos ambientais e sociais, e reduz custos públicos com aterro sanitário. Os recicláveis secos são doados às associações de triadores e por elas reinseridos na indústria. Os resíduos orgânicos compostados servem para ajardinamento e hortas urbanas.
O material encaminhado para reciclagem permite ganhos sociais da ordem de R$ 8 milhões ao ano se for somado o que a Prefeitura de Florianópolis deixa de gastar com o transporte até o aterro e o valor revertido pelas associações ao comercializar o material para a indústria. Foram 13.483 toneladas de recicláveis secos doadas para associações de triadores que deixaram de custar R$ 2 milhões de aterro (R$ 161 a tonelada) e promoveram receitas de R$ 4,9 milhões na venda para a indústria (em média R$ 381 a tonelada triada e comercializada pela ACMR).
Os resíduos orgânicos que, por terem sido separados pela população deixaram de ir para aterro sanitário, permitiram economia de R$ 655 mil em redução de custos públicos e geraram ao mínimo R$ 448 mil em valor, levando em consideração o preço público da Comcap para cepilho ou composto que é de R$ 0,11 o quilo. O cepilho e o composto da Comcap têm sido doados para ações de agricultura urbana.
Foco no vidro e no orgânico
O aumento da seletiva, explica Márcio Alves, decorre do foco da Comcap em investir na coleta de vidro, por meio de pontos de entrega voluntária (PEVs), e na coleta de orgânicos. A coleta exclusiva de vidro por entrega voluntária aumentou 19% e a compostagem de orgânicos aumentou 135% em 2019. Foram processadas 1,4 mil toneladas de restos de alimentos no Centro de Valorização de Resíduos da Comcap no Itacorubi, em parceria com Associação Orgânica, e trituradas 2,6 mil toneladas de podas.
Este ano, cerca de R$ 8 milhões serão investidos na implantação e ampliação destas duas modalidades. Já estão em licitação equipamentos para instalar 50 novos PEVs de Vidro, praticamente triplicando a rede existente, e para mais dois Ecopontos, além dos cinco atuais. Para que Florianópolis saia na frente das capitais brasileiras, em 2020, será implantada a coleta seletiva de verdes (podas) nos domicílios e a coleta de orgânicos (restos de alimentos) por pontos e em grandes geradores como condomínios residenciais e instituições como o Cepon, onde está sendo feita experiência piloto.
Também estão sendo adquiridos cinco caminhões compactadores com câmbio automático para a coleta seletiva. “A ideia é implantar novas modalidades de seletiva e agilizar a que é feita de porta em porta. Com os novos compactadores, entraremos em ruas onde não conseguimos hoje e faremos menos viagens com mais peso, melhorando também a pegada de carbono da coleta seletiva da Comcap”, indica Márcio Alves.
Alta da seletiva também no verão
A tendência de alta da seletiva foi verificada inclusive na temporada. Entre os dias 15 de dezembro e 15 de janeiro de 2020, a seletiva teve uma variação 22% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Chegando ao recorde histórico de 100 toneladas de materiais recicláveis recolhidas num único dia, na quarta, 8 de janeiro. A marca anterior era de 75 toneladas/dia.
O QUE FOI PARA A RECICLAGEM
Total recicláveis 2018: 15.489 toneladas
Total recicláveis 2019: 17.575 toneladas
Diferença: + 13,47%
Total orgânicos (alimentos) 2019: 1.452 toneladas
Diferença: +135%
Total vidro 2018 (PEVs + Ecopontos): 685 toneladas
Total vidro 2019 (PEVs + Ecopontos): 814 toneladas
Diferença: +19%
O QUE FOI PARA ATERRO
Total rejeito 2018: 193.829 toneladas
Total rejeito 2019: 193.874 toneladas
Diferença: 0,02%
Coleta seletiva verão
15/12/2018 a 15/01/2019 - 1.213.550 quilos
15/12/2019 a 15/01/2020 - 1.478.030 quilos
Aumento de 22%
Movimentação de resíduos em 2019 Departamento de Coleta de Resíduos Sólidos Comcap |
|
Serviço |
Quantidade |
REJEITOS |
|
Resíduos sólidos – coleta convencional porta a porta, remoção, caixa tipo brooks, roll-on-roll-off, CVR e rejeito galpões de triagem |
194.729 toneladas |
RECICLÁVEIS |
|
Resíduos sólidos - coleta seletiva porta a porta |
11.301 toneladas |
Pontos de entrega voluntária (PEVs) de vidro e outras embalagens |
537 toneladas |
Ecopontos recicláveis secos |
429 toneladas |
Ecopontos vidros |
284 toneladas |
Doações recicláveis recebidas pela ACMR |
380 toneladas |
Madeira |
183,5 toneladas |
Metal |
212 toneladas |
Pneus |
133 toneladas |
Orgânicos podas |
2.634 toneladas |
Orgânicos compostagem restos de alimentos |
1.452 toneladas |
Óleo vegetal |
4,5 toneladas |
Reciclagem eletrônicos |
22,5 toneladas |
Total resíduos |
212.303 toneladas |
% DESVIADO DO ATERRO SANITÁRIO |
7,15% |
Em 2019
Meta desvio do aterro Realizado Em relação à meta
Recicláveis secos (metal, vidro, papel e plástico)
30% 14,77% 49%
Orgânicos (podas e restos de alimentos)
35% 5,51% 16%