Gestão de Resíduos (SMMA)
Florianópolis doa mil toneladas por mês a associações de triadores de materiais recicláveis. Quase 70% são absorvidos pela ACMR e Aresp, o restante é distribuído em outras 10 organizações cadastradas na Grande Florianópolis. Para melhorar a capacidade de escoamento nessas parceiras preferenciais, será assinado nesta terça-feira (22) termo de convênio entre a Prefeitura Municipal de Florianópolis e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Por proposição da PMF, com execução da Comcap (Itacorubi) e Secretaria de Municipal de Habitação e Saneamento Ambiental (Monte Cristo), serão aplicados R$ 1 milhão em recursos do PAC para reforma e ampliação dos galpões onde são separados os materiais recicláveis secos para encaminhamento à indústria da reciclagem.
Convênio |
Fonte |
Investimento |
O que é |
A que serve |
Como anda |
TCPAC 722
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Funasa por proposição da PMF com execução da Comcap |
R$ 656 mil incluindo R$ 64 mil em contrapartida da Comcap |
Convênio para reforma e ampliação do Galpão de Triagem daAssociação dos Coletores de Materiais Recicláveis (ACMR), no Itacorubi
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Apoio às associações de catadores para melhoria na capacidade de escoamento de materiais recicláveis |
Desembolso oficializado pela Funasa e editais em lançamento pela Comcap
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TCPAC 734 |
Funasa por proposição da PMF com execução da Secretaria Municipal de Habitação e Saneamento Ambiental |
R$ 287,7 mil com contrapartida de R$ 51 mil pela Secretaria da Habitação |
Convênio para reforma e ampliação do galpão de triagem da Associação Recicladores Esperança (Aresp), no Monte Cristo
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Apoio às associações de catadores para melhoria na capacidade de escoamento de materiais recicláveis |
Primeiro desembolso já liberado
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Relação com a Funasa
Por convênio firmado em 2008, a Funasa liberou recursos para aquisição de cinco caminhões compactadores para a coleta de resíduos sólidos em Florianópolis. Na ocasião, a Comcap desenvolveu em contrapartida um Programa de Educação em Saúde e Mobilização Social (Pesms), inclusive com realização de Fórum do Lixo no Norte da Ilha e reedição do livro Considerando Mais o Lixo.
Ano passado, por meio do TCPAC 718, foram liberados R$ 189 mil pela Funasa que, com contrapartida de R$ 29 mil da Comcap, permitiu a compra de um caminhão baú para a coleta seletiva.
Gargalo no escoamento
A coleta seletiva da Comcap produz em um mês o volume de materiais recicláveis que em 2005 levava um ano para ser recolhida. A grande dificuldade hoje, aponta o gerente da Coleta Seletiva da Comcap, Roberto Vieira, é em relação ao escoamento desses materiais. Desde 2008, com a crise internacional, explica o engenheiro Wilson Cancian Lopes, houve uma desvalorização de preço dos materiais recicláveis no mercado. Depois, com a recuperação econômica, diminuição do desemprego e os ganhos de renda dos brasileiros, a mão de obra para a triagem se tornou escassa e cara, comprometendo a capacidade de operação de associações e empresas.
Novos parceiros
Hoje as duas principais associações de triadores para as quais o município doa os materiais recicláveis conseguem absorver em torno de 70% da produção da coleta seletiva. A ACMR tria 600 toneladas/mês e a Aresp, 60 toneladas. De modo que a Comcap tem se obrigado a destinar o restante a novos parceiros. Já são 10 entre Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu. “Temos conseguido parceiros com capacidade para colocar até 700 toneladas por mês, mas é preciso percorrer 20 quilômetros a mais para vazar os materiais nesse trânsito caótico da Via Expressa e BR-101”, aponta Vieira. Com o que, são gastas até duas horas a mais de trabalho para cada caminhão em horários de pico.
A preocupação com o escoamento dos recicláveis, acrescenta o presidente Ronaldo Freire, também tem feito a Comcap estudar novos destinos em acordo com a nova lei.
Na maior parte dos bairros, observa Roberto Vieira, a separação de materiais cresceu pelo menos 50%. E no Centro explodiu, desde que a coleta passou a ser diária em 2009. Hoje são recolhidas nessa área central, cerca de 200 toneladas/mês, quantidade que em anos anteriores representava a produção da cidade inteira.
Apesar do crescimento da seletiva, a Comcap ainda pratica um quarto da meta a ser alcançada em três anos.
Destino principal dos materiais da coleta seletiva
- ACMR – 600 toneladas/mês
- Aresp – 60 toneladas/mês
Novos parceiros (capacidade em toneladas/mês):
- Associação do Saco dos Limões (60)
- Área industrial de São José/ Daniel (300)
- Sertão do Imaruim/Aparecida (100)
- Forquilhas/fábrica de mangueiras(40)
- Alto Forquilhas/usina (40)
- Forquilhinhas/Márcio (40)
- Avenida das Torres/Marcelo (20)
- Bairro Areias/Moliv (60)
- Coqueiros/Mário (40)
- Associação de triadores de Biguaçu (40)
Clique para ver gráfico da evolução da coleta em Florianópolis