Gestão de Resíduos (SMMA)

22/04/2013 - Governo
Funasa garante R$ 1 milhão para reformas em galpões de triadores
Termo de convênio com recursos do PAV será assinado nessa terça, às 10h30min, na Prefeitura Municipal de Florianópolis

foto/divulgação: Adriana Baldissarelli

CTReS no Itacorubi - Galpão ACMR

Florianópolis doa mil toneladas por mês a associações de triadores de materiais recicláveis. Quase 70% são absorvidos pela ACMR e Aresp, o restante é distribuído em outras 10 organizações cadastradas na Grande Florianópolis. Para melhorar a capacidade de escoamento nessas parceiras preferenciais, será assinado nesta terça-feira (22) termo de convênio entre a Prefeitura Municipal de Florianópolis e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Por proposição da PMF, com execução da Comcap (Itacorubi) e Secretaria de Municipal de Habitação e Saneamento Ambiental (Monte Cristo), serão aplicados R$ 1 milhão em recursos do PAC para reforma e ampliação dos galpões onde são separados os materiais recicláveis secos para encaminhamento à indústria da reciclagem.

Convênio

Fonte

Investimento

O que é

A que serve

Como anda

TCPAC 722

 

Funasa por proposição da PMF com execução da Comcap

R$ 656 mil incluindo R$ 64 mil em contrapartida da Comcap

Convênio para reforma e ampliação do Galpão de Triagem daAssociação dos Coletores de Materiais Recicláveis (ACMR), no Itacorubi

 

Apoio às associações de catadores para melhoria na capacidade de escoamento de materiais recicláveis

Desembolso oficializado pela Funasa e editais em lançamento pela Comcap

 

TCPAC 734 

Funasa por proposição da PMF com execução da Secretaria Municipal de Habitação e Saneamento Ambiental

R$ 287,7 mil com contrapartida de R$ 51 mil pela Secretaria da Habitação

Convênio para reforma e ampliação do galpão de triagem da Associação Recicladores Esperança (Aresp), no Monte Cristo

 

Apoio às associações de catadores para melhoria na capacidade de escoamento de materiais recicláveis

Primeiro desembolso já liberado

 

 

Relação com a Funasa

Por convênio firmado em 2008, a Funasa liberou recursos para aquisição de cinco caminhões compactadores para a coleta de resíduos sólidos em Florianópolis. Na ocasião, a Comcap desenvolveu em contrapartida um Programa de Educação em Saúde e Mobilização Social (Pesms), inclusive com realização de Fórum do Lixo no Norte da Ilha e reedição do livro Considerando Mais o Lixo.

 

Ano passado, por meio do TCPAC 718, foram liberados R$ 189 mil pela Funasa que, com contrapartida de R$ 29 mil da Comcap, permitiu a compra de um caminhão baú para a coleta seletiva.

 

Gargalo no escoamento

A coleta seletiva da Comcap produz em um mês o volume de materiais recicláveis que em 2005 levava um ano para ser recolhida. A grande dificuldade hoje, aponta o gerente da Coleta Seletiva da Comcap, Roberto Vieira, é em relação ao escoamento desses materiais. Desde 2008, com a crise internacional, explica o engenheiro Wilson Cancian Lopes, houve uma desvalorização de preço dos materiais recicláveis no mercado. Depois, com a recuperação econômica, diminuição do desemprego e os ganhos de renda dos brasileiros, a mão de obra para a triagem se tornou escassa e cara, comprometendo a capacidade de operação de associações e empresas.

 

Novos parceiros

Hoje as duas principais associações de triadores para as quais o município doa os materiais recicláveis conseguem absorver em torno de 70% da produção da coleta seletiva. A ACMR tria 600 toneladas/mês e a Aresp, 60 toneladas. De modo que a Comcap tem se obrigado a destinar o restante a novos parceiros. Já são 10 entre Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu.  “Temos conseguido parceiros com capacidade para colocar até 700 toneladas por mês, mas é preciso percorrer 20 quilômetros a mais para vazar os materiais nesse trânsito caótico da Via Expressa e BR-101”, aponta Vieira. Com o que, são gastas até duas horas a mais de trabalho para cada caminhão em horários de pico. 

 

A preocupação com o escoamento dos recicláveis, acrescenta o presidente Ronaldo Freire, também tem feito a Comcap estudar novos destinos em acordo com a nova lei.

 

Na maior parte dos bairros, observa Roberto Vieira, a separação de materiais cresceu pelo menos 50%. E no Centro explodiu, desde que a coleta passou a ser diária em 2009. Hoje são recolhidas nessa área central, cerca de 200 toneladas/mês, quantidade que em anos anteriores representava a produção da cidade inteira.

 

 Apesar do crescimento da seletiva, a Comcap ainda pratica um quarto da meta a ser alcançada em três anos.

 

Destino principal dos materiais da coleta seletiva

 

  • ACMR – 600 toneladas/mês
  • Aresp – 60 toneladas/mês 

 

Novos parceiros (capacidade em toneladas/mês):

 

  • Associação do Saco dos Limões (60)
  • Área industrial de São José/ Daniel (300)
  • Sertão do Imaruim/Aparecida (100)
  • Forquilhas/fábrica de mangueiras(40)
  • Alto Forquilhas/usina (40)
  • Forquilhinhas/Márcio (40)
  • Avenida das Torres/Marcelo (20)
  • Bairro Areias/Moliv (60)
  • Coqueiros/Mário (40)
  • Associação de triadores de Biguaçu (40)

 

 

Clique para ver gráfico da evolução da coleta em Florianópolis