A Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate) deve apresentar nos próximos dias um diagnóstico das situação das empresas da área de inovação instaladas na Capital, para buscar soluções a eventuais problemas e abrir um canal de diálogo entre os segmentos, para que a Prefeitura possa receber demandas, ouvir reivindicações e estabelecer uma relação produtiva e de transparência na condução dos processos que envolvam o setor público.
O diagnóstico é que vai dar o mote para a sincronia nas ações e a busca de soluções para as questões que são pertinentes ao Município. O encontro possibilitou a instalação de uma agenda propositiva, onde o Município, no que diz respeito ao crescimento do setor, pode fazer a sua parte e renovar o compromisso com o desenvolvimento, tornando-se parceiro e facilitador para a instalação de novos polos de tecnologia, apostando cada vez mais na chamada indústria limpa.
O presidente da Acate, Guilherme S. Bernard, abriu a reunião falando sobre a preocupação da entidade com a evasão de empresas que poderiam estar se estabelecendo na Capital e que estão se instalando em outros municípios, em função de entraves burocráticos, como abertura de empresas, liberações de alvarás e licenças, zoneamento e incentivos tributários.
“Florianópolis é conhecida como Vale do Silício do Brasil e não podemos perder empresas de tecnologia e inovação para outras cidades vizinhas, em função da falta de alvarás que impedem as empresas de emitir nota fiscal. Isso sem contar que, com a saída das empresas da Capital, perdemos também com a arrecadação de ISS”, disse.
O secretário municipal da Casa Civil, Júlio Cézar Marcellino Júnior, informou que, por determinação do prefeito César Souza Junior, deve ser estabelecido um plano de ação e criada uma agenda de trabalho baseada no diagnóstico que será apresentado pela Acate. “A ideia é criar uma sinergia entre o setor da tecnologia e a Prefeitura e, nesta boa relação, buscar soluções que a curto e a médio prazo beneficiem o setor”, assinalou.
Ficou acertado novo encontro entre as partes, já tendo em mãos o diagnóstico da Acate. “Para dar celeridade às demandas, teremos uma reunião na semana que vem, na nova sede da Acate, para uma visita às instalações e uma análise das proposições apresentadas pelo setor”, afirmou Alcides de Ataíde, diretor-geral da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável (SMCTDES).
Além de Júlio Marcellino e Alcides de Ataíde, participaram da reunião, pela Prefeitura, Zena Becker, secretária de Turismo, Acácio Garibaldi, superintendente do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF), Marcelo Martins, secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SMDU), e Jacques de Andrade e Silva, assessor jurídico da SMCTES. Guilherme Bernard esteve acompanhado do secretário executivo da Acate, Gabriel Sant’Ana Palma Santos.
