05/08/2015 - SC - Eventos
O Mercado Público na história dos manezinhos
A reabertura da Ala Sul foi marcada por lembranças e “causos” da população

foto/divulgação: Vanessa Silveira / PMF

Dona Yeda na peixaria do Mercado Público

Dona Yeda Marchiori, 70 anos, manezinha da Lagoa da Conceição, entrou na nova Ala Sul do Mercado Público com os olhos brilhando. Escolheu sua peixaria preferida e pediu uma tainha com ova. “Estava com saudade de vir comprar meu peixe aqui no coração da cidade”, confessou.

Yeda perdeu seu filho ano passado e diz representá-lo nesse evento histórico. “Tenho certeza de que hoje ele estaria aqui no vão central, comemorando com os amigos. Estou aqui por ele, pelo amor que meu filho tinha por essa Ilha maravilhosa”, disse.

Já as amigas Helena Gonçalves, moradora da Palhoça, e Marise Coelho Ouriques, da Trindade, encontraram-se no evento e trocaram histórias sobre o Mercado Público. “Nossas famílias tiveram muitas histórias aqui. Minha mãe trabalhou sete anos em um restaurante no vão central. Fazia frutos do mar e todas as boas comidas da nossa Ilha. Estar aqui na reinauguração da Ala Sul e sentir o cheirinho do pastel de camarão me traz muitas lembranças boas”, disse Helena.

Marise relembrou a época em que seu avô tinha o Bar São Pedro, perto da praça da Alfândega, e ela andava pelo centro da cidade quando era criança. “Na minha época ainda dava pra tomar banho ali perto da rua 7 de Setembro. Era uma alegria para as crianças”, disse.

A história de família se entrelaça com o Mercado Público. “Meus pais se conheceram na rua Conselheiro Mafra, eles namoravam e se encontravam no Mercado Público. Hoje já estão há 65 anos juntos”, disse.