18/01/2011 - FLORAM - Meio Ambiente
Direção da Floram quer tolerância zero para infratores ambientais
Diretor superintendente Gerson Basso determinou rapidez no julgamento de notificações.

foto/divulgação: Evandro Saad

Diretor superintendente da Floram Gerson Basso quer agilidade após notificações. 

A direção da Fundação Municipal de Meio Ambiente trabalha dobrado para resolver a demanda de processos que envolvem casas nas proximidades de curso d’água, mangues e restingas.

 

O diretor superintendente Gerson Basso quer Tolerância zero para os infratores ambientais que tem conhecimento da lei. “Na maioria dos casos são pessoas de alto poder aquisitivo e que sabem muito bem o que estão fazendo. Não dá pra facilitar que em questão de dias levantam residências de alto padrão”. Basso informa que muitas notificações são realizadas e descobre-se que o infrator é um ex-turista que passou por aqui e resolveu fazer morada em área de preservação permanente.

 

Para o chefe de fiscalização Marcelo Ferreira neste período de férias a média de autos de infração é superior a do restante do ano por haver gente de todos os cantos do mundo em Florianópolis e os infratores aproveitam que a Ilha está lotada. “Eles atuam mais no verão, pois sabem que são mais pessoas agindo na clandestinidade e o número de fiscais nas ruas é o mesmo”.

 

A equipe de fiscalização faz cerca de 15 a 20 notificações diariamente. As localidades do Sul e Leste são que estão com maior número. Basso ressalta que a intenção é alertar através da autuação para que o construtor da edificação ilegal faça por conta própria o desmanche do que levantou.

 

“Há casos de invasores de APP que procuram a Floram e resolvem amigavelmente, assim fazendo, podem recolher todo material utilizado na obra, mas há os que não respeitam o poder público, e estes tem prejuízo triplicado”.

 

As fiscalizações da Floram são por período indeterminado, não há tempo pra terminar. Os 40 funcionários da fundação começam cedo, por volta das 08h da manha já estão monitorando as áreas protegidas por lei ambiental. “Todo cuidado é pouco, pois nossos fiscais são ameaçados semanalmente e precisam ser rigorosos e não ceder”, lembra Bruno Palha.

 

A população que reside em volta dos que estão invadindo área de preservação permanente,  recebe a Floram muito bem. Há casos de munícipes que regularizaram sua situação pela intervenção de vizinhos e associação de moradores da localidade que está inserido.