04/10/2011 - FLORAM - Meio Ambiente
Retirada de Pinus no Parque Ecológico do Córrego Grande
A árvore é considerada invasora biológica, prejudicando as espécies nativas

foto/divulgação:

A pinha, sua fácil reprodução e altura são alguns dos problemas desta espécie exótica

Na tarde de ontem (03), iniciou-se a retirada de Pinus (Pinus elliottii) do Parque Ecológico Córrego Grande, em parceria da FLORAM, Coletivo de Unidades de Conservação da Ilha e UATAPÍ (Associação dos Condutores Ambientais). O corte continuou hoje pela manhã, e soma-se a retirada de mais de 1070 árvores.

 

“O Pinus faz parte de espécies exóticas e impede a regeneração de espécies nativas. Elas são pragas na ilha e no Brasil. Os animais são prejudicados por não conseguirem se alimentar e as pinhas, pesadas, machucam alguns deles”, explica a Educadora Ambiental Talita Laura Goes.

 

O Pinheiro é uma espécie exótica, originária dos Estados Unidos, trazida para o Brasil na década de 50 para ser usado em reflorestamento e fins ornamentais. É considerada como “invasora biológica”, ou seja, quando ocorre a implantação de espécies exóticas em uma nova área, ela se naturaliza ao novo habitat. Porém, desta forma, tira o espaço das espécies nativas.

 

Um dos problemas está associado a sua fácil reprodução, com sementes dotadas com abas, parecendo asas, fazendo com que ela se disperse facilmente. Por ele não pertencer ao nosso bioma, Mata Atlântica, na qual não tem somente espécies de grande porte, e sim pequenas, arbustos e gramíneas, o porte do Pinus acaba encobrindo estas árvores, que são fonte de moradia e alimento para os animais.

 

No lugar destas árvores serão plantadas espécies nativas. A próxima etapa da retirada da espécie será em novembro, e ainda não foi decidido o que será feito com a madeira retraída.