16/01/2012 - FLORAM - Meio Ambiente
Iniciada a operação para retirada de algas na Lagoa da Conceição
O trabalho será feito diariamente até o próximo domingo

foto/divulgação:

As algas da Lagoa da Conceição. Foto: Eliton Jaime Boeira

Nesta segunda-feira (16) iniciou-se o trabalho para a retirada das algas que geram mau cheiro na Lagoa da Conceição. A FLORAM e a COMCAP estão trabalhando na retirada das algas que deve estender-se até domingo com apoio de vinte e um trabalhadores. Moradores e turistas que ali passam constatam pela visão, que as algas se acumulam junto com o esgoto despejado (irregularmente), causando mal estar em função do mau cheiro.

 

“A biomassa constituída pelo agrupamento de algas que está sendo retirada com redes e garfos para não impactar ou causar prejuízos aos espécimes ali habitam vai ser feito em uma semana. Estamos atentos imprimindo menos poluição e dando prioridade para mais verde”, comenta o Diretor de Gestão Ambiental, Marco Aurélio Abreu.

 

Segundo Vilson Neves, Chefe do Parque Ecológico do Córrego Grande, já foi retirado dois caminhões, de aproximadamente 7 toneladas cada um.

 

“Ano passado havia um acúmulo de algas maior, devido a demora da limpeza. Neste ano a ação foi mais rápida”, comenta o Superintendente da FLORAM, Gerson Basso, que está acompanhando a retirada das algas.

 

As algas retiradas serão utilizadas para compostagem pela COMCAP, para produção de adubo orgânico.

 

Como ocorre o processo de crescimento de algas


A eutrofização é a conseqüência do processo de poluição dos corpos d’água e que adquirem coloração turva. O início deste problema está no acúmulo de nutrientes dissolvidos na água, normalmente através da ação do homem. A Lagoa vem recebendo o destino final de esgoto, através de ligações clandestinas, fazendo com que a matéria orgânica seja toda despejada na água.

 

Com esta grande concentração de nutrientes, luz e o aumento da temperatura, as algas multiplicam-se rapidamente, formando uma espessa superfície na água, impedindo a penetração de luz às zonas profundas. As colônias de algas que se encontram em profundidades maiores, deixam de receber luz e produzir oxigênio. Nestas circunstancias, os corpos hídricos com as algas exalam o mau cheiro, em função da decomposição destas.

 

Em decorrência do crescente aumento de moradores e visitantes no entorno, a Lagoa da Conceição recebeu a contaminação de efluentes domésticos durante muito tempo. Mesmo que os esgotos sejam tratados, o crescimento de algas se manterá durante algum tempo, tendo em vista os nutrientes que estão acumulados no fundo da lagoa (lodo) propiciam o aumento das mesmas.

 

O entendimento do Superintendente Gerson Basso


De acordo com o superintendente da Floram, Gerson Basso, para evitar o acúmulo de algas será necessário adotar as seguintes providências:

  • Identificação, notificação, autuação, lacre do esgoto clandestino despejado na Lagoa da Conceição;
  • Desassoreamento, a retirada de entulhos e areia do fundo; e
  • Alargamento do Canal da Ponte, para dar maior vazão – oxigenação e fluxo de águas para a Lagoa de Baixo.

 

Para o terceiro item, informamos que há um projeto em andamento onde prevê a construção de uma nova ponte com “alargamento do canal”, que atualmente é de 9m (nove metros) apenas.