Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes
Manifestações ligadas à cultura afro-brasileira integram-se ao projeto de humanização dos espaços públicos da cidade, neste sábado (14). As atividades iniciam às 10h30, no Largo da Alfândega, com o batuque de Maracatu puxado pelo Grupo Arrasta a Ilha. No mesmo horário, artistas do Movimento Hip Hop fazem uma intervenção urbana, grafitando espaços do Terminal Cidade de Florianópolis.
A programação cultural prossegue com dança de rua, batalha de MC’s e apresentação dos DJ’s Glazer e Cubano, entre outras atrações, das 9 às 16 horas, no Corredor das Artes, na rua Victor Meirelles.
A agenda cultural contempla também contação de histórias para crianças, exposição de livros e pinturas, e mostra de fotos premiadas na 19ª Maratona Fotográfica de Florianópolis. A iniciativa faz parte do projeto Viva a Cidade, realizado pela Prefeitura da Capital em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) com o objetivo de revitalizar as ruas do Centro Histórico.
Em caso de chuva, a programação artística será transferida para o Terminal Cidade de Florianópolis.
O projeto Viva a Cidade inclui ainda a Feira de Artes e Usados, reunindo atividades de artesanato, sebos, brechós, lojas de móveis usados, calçados, antiquários, bares e restaurantes, todos os sábados, das 9 às 16 horas. A iniciativa abrange o trecho entre as praças 15 de Novembro e Fernando Machado e as ruas Antônio Luz, Nunes Machado, João Pinto, Tiradentes e travessa Ratcliff, além das ruas Victor Meirelles e Saldanha Marinho, que abrigam o Corredor das Artes.
Arte nas ruas
Difundido entre as populações negras residentes em bairros de periferia nos Estados Unidos, o Hip Hop espalhou-se pelo mundo e conquistou o Brasil. O movimento cultural dá ênfase a quatro elementos: o canto do rap; a instrumentação dos DJ’s; um estilo próprio de dança de rua, conhecido como break dance; e a arte do grafite. Todos eles serão representados no Corredor das Artes, neste sábado.
Mostrado no estilo livre, o rap vai embalar uma Batalha de MC’s, onde os participantes lançam rimas improvisadas, a exemplo do que fazem os repentistas nordestinos nas tradicionais “emboladas”. Cada MC (mestre de cerimônia) tem 30 segundos para mandar seu recado, mesmo tempo dado ao candidato oponente para responder ao desafio com frases rimadas. Os temas serão distribuídos na hora e caberá ao público indicar o vencedor dessa disputa de criatividade.
A dança de rua será apresentada pelo Grupo Artístico Teatral Talento & Arte - Gratta, que vai levar grupos das oficinas de dança infantil e estilo livre (Impacto) e o grupo de dança de rua (Ghettos). As batidas musicais ficarão por conta dos Dj’s Glazer e Cubano, inspirando o grupo de artistas que vai grafitar o quiosque do Claudio, situado nas esquinas da Rua Victor Meirelles com Saldanha Marinho. Outro local que receberá o grafite é o Terminal Cidade de Florianópolis.
Arrasta a Ilha
A movimentação cultural na região central da cidade começa às 10h30, com a concentração e cortejo do Grupo Arrasta Ilha, no largo da Alfândega. Atuando há uma década na difusão da cultura do Maracatu de Baque Virado, além de outras manifestações populares como o boi-de-mamão, o coletivo faz apresentações geralmente na rua, em forma de arrastão, como no carnaval e em outros eventos da cidade. O Arrasta a Ilha realiza um trabalho de pesquisa da música e dança características desse folguedo.
Desde 2008, o grupo atua por meio da Associação Cultural Arrasta Ilha para desenvolver e subsidiar outras atividades além das apresentações, realizando oficinas com crianças e jovens em comunidades consideradas de risco social (Programa Erê da Ladeira). Além disso, também promove intercâmbio com mestres e integrantes das nações de maracatu de Pernambuco, e realiza anualmente oficina para iniciantes que desejam aprender a tocar e dançar o folguedo.
O Maracatu de Baque Virado, ou Maracatu Nação, é uma brincadeira popular de forte cunho religioso, encontrada em Pernambuco. De origem africana, a manifestação está inserida no ciclo carnavalesco, simbolizando a coroação dos reis do Congo, entre outros significados. Feita em forma de cortejo, a apresentação é acompanhada por uma orquestra de percussão, formada por alfaias, abês, ganzás, atabaques, taróis e gonguê, além de uma voz solo e o coro de vozes.
Serviço:
O Quê: Corredor das Artes / Projeto Viva a Cidade
Quando: sábado (14) – 9h às 16h
Onde: Rua Victor Meirelles e Saldanha Marinho – Centro
Quanto: gratuito
Realização: Prefeitura de Florianópolis e Câmara de Dirigentes Lojistas
Apoio: Secretarias municipais de Cultura; Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano; Mobilidade Urbana; Turismo; Saúde; Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis, Secretaria Executiva de Serviços Públicos, Guarda Municipal e Vigilância Sanitária, entre outros órgãos municipais. Também apoiam as atividades os lojistas da região, além das Polícias Civil e Militar.
Programação - Corredor das Artes (Projeto Viva a Cidade)
- 10h30 - Grafite (Humanização de Espaços Públicos coma técnica do grafite)
- 11h - Cortejo com o Grupo Arrasta a Ilha pelo Centro Histórico
Concentração, 10h30, no Largo da Alfândega
- 11h30 - DJ’s (DJ Glazer e DJ Cubano)
- 12h - Contação de Histórias e Exposição de Livros
- 13h - Batalha de MC’s
- 14h - Dança de Rua (Coreografias de Dança de Rua com o Grupo Gratta)