Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes
A arte contemporânea do Pacífico é o tema do Café Antropológico desta segunda-feira (3), na Cada das Máquinas, na Lagoa da Conceição, com a exibição do filme “O Jovem e a Rede Fantasma” (The Young Man and the Ghost Net). O evento tem como convidada a antropóloga Geraldine Le Roux que, após a projeção, vai apresentar uma exposição de fotos de pinturas corporais e tatuagens de povos da Oceania, colocando em debate características de eventos transnacionais no Pacífico com foco na circulação de pessoas e nas ideias e objetos que marcam essas culturas. A programação inicia às 20h, com entrada franca.
O Café Antropológico é organizado pelo Núcleo de Antropologia Audiovisual e Estudos da Imagem (NAVI), em parceria com o Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS) e a Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC). O encontro cultural visa ampliar a discussão sobre a produção audiovisual ligada às artes e à cultura, com abordagens no contexto das relações humanas e sociais.
Géraldine Le Roux já participou de vários festivais de arte, tais como o 10º e 11º Festival de Artes do Pacífico em Samoa (2008) e Ilhas Salomão (2012) e o 4ª Festival de Artes da Melanésia, na Nova Caledônia, em 2010. A cada quatro anos, estes festivais recebem milhares de performistas, músicos e artistas visuais para promover suas artes e culturas. Estas festas surgiram na década de 1970, em um período de renascimento cultural.
O filme “O Jovem e Rede Fantasma” (The Young Man and the Ghost Net), com 20 minutos, é uma co-produção da Ghostnets Austrália e Visual Obsession. A história acontece em outubro de 2010, na aldeia St Paul, na ilha de Moa, quando foi realizado o primeiro Show de Marionetes no Estreito de Torres, na Austrália, feito de redes fantasmas e detritos marinhos.
As artistas Karen Hethey e Ilka Branco passaram quatro semanas em Moa reunindo as experiências reais de vida da população ao ver o dano que estas redes fantasmas fazem para as criaturas do mar, recifes de corais e manguezais, e também os perigos que elas representam para as pessoas cruzando as águas abertas entre as ilhas.
Os materiais foram coletados no local e as marionetes tecidas em oficinas comunitárias pelo Centro de Artes, escolas, igrejas e comunidade em geral. A história foi contada utilizando uma tela de marionetes de sombras, narração, música ao vivo e um coral completo.
O Quê: Café Antropológico / A Arte Contemporânea do Pacífico
Quando: segunda-feira (3) – 20h
Onde: Casa das Máquinas
Rua Henrique Veras do Nascimento, 50 – Lagoa da Conceição
Quanto: gratuito
