Secretaria Municipal de Educação
Florianópolis apresentou índices acima da média nacional em pesquisa que avaliou a qualidade da educação infantil em seis capitais brasileiras. O resultado foi apresentado nesta sexta-feira (19), na capital catarinense, em evento no Centro de Educação Continuada da Secretaria Municipal de Educação. A pesquisa foi realizada também no Rio de Janeiro, Fortaleza, Belém, Teresina e Campo Grande.
Coordenada pelo Ministério da Educação e financiada pelo Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), a pesquisa foi desenvolvida pela Fundação Carlos Chagas (FCC) em outubro de 2009 e avaliou em Florianópolis creches e núcleos de educação infantil, sendo 21 unidades da rede municipal de ensino e nove entidades que recebem apoio da prefeitura.
Entre os pontos analisados, os pesquisadores observaram desde o horário de chegada e saída das crianças, a formação dos professores, a relação instituição família, a estruturação dos espaços e questões vinculadas aos aspectos e higiene. Para a coordenadora da pesquisa pela FCC Maria Malta Campos, a oportunidade de conhecer a rede municipal de Florianópolis “ampliou a compreensão do grupo sobre a educação infantil no país”.
Segundo a coordenadora da pesquisa em Santa Catarina, Jodete Bayer Gomes Füllgraf, o estudo do referencial teórico permitiu que o grupo debatesse e aprofundasse o tema, de modo a promover novas discussões para a área e para a qualidade na educação infantil.
O Secretário Municipal de Educação, Rodolfo Joaquim Pinto da Luz, ressalta que a pesquisa demonstra que Florianópolis está investindo bastante na qualificação docente, em equipamentos e na infraestrutura. Entretanto, observa, que há ainda muito o que fazer para melhorar a educação. “Vamos continuar a trabalhar de forma permanente, pois a educação é compromisso e responsabilidade de todos”.
O trabalho
Professores, coordenadores pedagógicos e diretores das unidades educativas, além dos próprios familiares participaram das entrevistas. Os pesquisadores permaneceram em cada unidade educativa, de três a quatro dias, para analisar as oportunidades oferecidas às crianças em sala de aula, as especificidades da creche ou pré-escola, as escolhas da equipe sobre a rotina diária das crianças, além das limitações institucionais, de estrutura ou processuais, levadas em conta na hora de elaboração do material.
A pesquisa avaliou desde a utilização dos livros em sala, a compreensão do professor por parte do aluno, a disponibilidade dos materiais para as crianças, entre outros fatores.
Cada escola, através da Secretaria de Educação, irá receber um relatório individual da pesquisa com os resultados observados pela FCC.
Evolução
Em relação a 2004, a prefeitura aumentou este ano em 33% o atendimento na educação infantil. De 7 mil 766 crianças, este número passou para mais de 10 mil. Numa análise específica do atendimento integral, a evolução foi de 183%. Há seis anos, havia 2 mil 403 crianças que chegavam as 7 horas da manhã na unidade e saíam as 19 horas. Hoje o total é de 6.804 crianças.
