Secretaria Municipal de Educação

02/12/2014 - Educação
Pacto pela alfabetização até 8 anos tem seminário
Evento contou com apresentação de trabalhos de professores da rede municipal

foto/divulgação: Divulgação

Pacto estipula que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade.

A professora Janete Leopoldo, da Escola Básica Municipal Luiz Cândido da Luz, na Vargem do Bom Jesus, colocou em prática o projeto “Aprender Brincando”. Voltado para o primeiro ano do ensino fundamental, o objetivo do projeto é conhecer e comparar as principais brincadeiras e brinquedos de antigamente. Foi um trabalho interdisciplinar abrangendo as áreas de Língua Portuguesa, Matemática e Artes.

Brincadeiras de pular corda e elástico, jogo da memória, bilboquê e boliche montado com garrafas pet foram trabalhados com os alunos. Os pequenos pesquisaram, jogaram, confeccionaram os brinquedos, e registraram tudo através de textos. “As crianças participaram das atividades com bastante entusiasmo”, relata a professora.

O projeto foi um dos trabalhos apresentados no Seminário “Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC): Práticas Pedagógicas no Contexto do Letramento”. Realizado pela Secretaria de Educação de Florianópolis, em parceria com o Ministério da Educação, foram debatidas ações pedagógicas e os desafios para o cumprimento do acordo assumido pelos governos federal, estaduais e municipais que visa a alfabetização das crianças até os oito anos de idade.

Em relação à formação do PNAIC, “acredito que o meu projeto possibilitou a todos momentos ricos e de muito conhecimento. Foi importante refletir sobre as práticas, além de aprofundar conceitos e conteúdos”, diz Janete Leopoldo.


A distância entre os lugares

Outro trabalho apresentado foi o da professora Elêusis de Morais Andrade, da Escola Básica Municipal Maria Tomázia Coelho, no Santinho, intitulado “O Caminho entre os lugares”.

As crianças do primeiro ano pesquisaram sobre os lugares que conheciam na comunidade do Norte da Ilha, desenharam os locais e compartilharam suas produções.

Foram realizadas duas saídas de campo para conhecer o bairro. A criançada tirou fotografias e utilizou Google Maps ,aplicativo que dá acesso a mapas, para se guiar. A escola não ficou de fora e foi objeto de estudo dos pequenos, que exploraram e a reproduziram em seus desenhos.

A ideia de trabalhar o caminho entre os lugares, disse Elêusis, surgiu quando observou a dificuldade que as crianças tinham em relação à lateralidade, a orientação no espaço e a utilização de termos como ‘em cima’ ( em lugar superior a algo), ‘embaixo’ (posição inferior), ‘atrás de’ e ‘na frente’.

“Percebi também que quando desenhavam, não ocupavam todo o espaço da folha, seus desenhos não tinham proporcionalidade e geralmente eram estereotipados. Logo, decidi despertar um olhar especial, fazendo-os prestar atenção aos detalhes”, afirma a educadora.

Alfabetização em pauta

Também participaram do seminário Izabel Cristina Jorge Peres, da EBM Osmar Cunha, em Canasvieiras, com seu relato intitulado “Espaço e Forma – Caminho do Rei”; e Adriana Biranoski, da EBM Antônio Paschoal,no Rio Vermelho, com o tema “Livros que li”.

Joyce Mara Tonera, da EBM Antônio Paschoal Apóstolo, falou sobre geometria e arte; e por último, Nayara Ilma de Assunção, da EBM João Gonçalves Pinheiro, no Rio Tavares, debateu“Alimentação saudável e medidas de massa.”

Everaldo Silveira, professor da Universidade Federal de Santa Catarina, falou sobre a matemática no processo de alfabetização, e Nelita Bortolotto, também professora da UFSC, abordou os desafios da docência no ensino da linguagem.