Secretaria Municipal de Educação

08/12/2014 - Educação
Aluna de 73 anos: 'Não existe idade para aprender'
Maria Moraes concluiu ensino fundamental no programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) com colegas de 81 e 72 anos

foto/divulgação: Lucas Zeferino

Lídia Gonçalves, Maria Moraes e Renalda Maria Rosa.

A Secretaria Municipal de Educação está realizando nesta segunda-feira (8), até as 21 horas, o projeto “EJA na Rua”. A atividade tem como objetivo divulgar a proposta pedagógica para alfabetização e conclusão do ensino fundamental de alunos a partir de 15 anos que frequentam a modalidade de Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA). O evento ocorre no Largo da Alfândega, Centro da Capital.

 

Segundo Daniel Berger, chefe do Departamento da EJA, a ação busca mostrar como é trabalhado este ensino, que visa ao que as pessoas têm interesse em estudar. “Por esse método, é gerado conhecimento por intermédio de questionamentos sobre diversos temas relacionados à cultura, política, economia, racismo, preconceito e saúde”. Nos cartazes expostos, estão estampados alguns desses assuntos.

 

O evento também procura sensibilizar as pessoas para retornarem aos bancos escolares, através dos núcleos da EJA. A inscrição é gratuita e pode ser feita no local do evento ou em qualquer unidade do ensino fundamental da rede municipal.

 

“Queremos mostrar o que a gente tem produzido, nossas pesquisas e trabalhos, além de apresentar a EJA para aqueles que ainda não conheciam”, acrescenta Silvia Gimeno, coordenadora geral da mostra.

 

Nunca é tarde para aprender

 

Maria Moraes (73) alfabetizou-se no núcleo do Centro e, juntamente com Lidia Gonçalves (81) e Renalda Maria Rosa (72), concluiu o ensino fundamental e continua frequentando os encontros da EJA. Presentes na mostra, as três salientam a importância do trabalho realizado na Educação de Jovens e Adultos. “Nós estamos aqui para mostrar para todos que não existe idade para aprender. E a EJA dá essa oportunidade para aqueles que, assim como nós, querem continuar adquirindo conhecimento”, afirma Maria.

 

Atualmente, há 11 núcleos da EJA espalhados pelas várias regiões da Ilha e do Continente. Cerca de 1.150 pessoas estão matriculadas nas unidades.

 

Quem passar pela mostra poderá conhecer mais de 200 temas que ilustram o que os alunos da EJA têm estudado e se inteirar das práticas de letramento e numeramento. Ou seja, a forma de ensinar a ler e escrever e de compreender os conceitos da matemática.

 

Apresentações teatrais estão acontecendo, criando uma interação com a população para provocar reflexões e debate sobre assuntos sociais polêmicos, trabalhados pelos professores da EJA.

 

Na tribuna livre, o cidadão pode utilizar o espaço para se manifestar democraticamente sobre qualquer assunto. Na Rádio EJA, são lidas mensagens poéticas. No palco, alunos e professores realizam apresentações musicais e artísticas.


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