Secretaria Municipal de Educação

11/07/2015 - Educação
Pipa, música, boxe e circo no final da campanha
Dentro do Pipa sem cerol, atividades da SME ocorreram no Parque de Coqueiros

foto/divulgação: Ricardo Medeiros

Valdir Agostinho e turma da Escola Luiz Cândido da Luz na luta contra o cerol

Aos quatro anos de idade, ele viu pela primeira vez o seu pai utilizar uma pipa para sustentar à longa distância a linha de pesca.  Encantado pela cena, Valdir Agostinho virou pipeiro, começou a fabricar o brinquedo para se divertir nos céus da Barra da Lagoa, Leste da Ilha de Santa Catarina.

 

 “Mas nunca fiz uso de cerol na linha”, salienta. “O que sempre importou para mim é o lazer e a arte de dar forma aos diversos tipos de pandorgas”.

 

O artista plástico, que já mostrou o seu o trabalho pelo mundo afora, esteve no Parque de Coqueiros, região continental de Florianópolis, para confeccionar o artefato e ajudar na conscientização de que o uso da mistura de cola e vidro moído pode transformar o divertido em tragédia. 

 

Ele fica sério e preocupado ao imaginar uma criança soltando pipa, com a linha esticada  na  altura do pescoço de uma pessoa, e naquele momento passar um motociclista sem capacete.  “É quase morte na certa”, sentencia.

Uma fortuna

O fascínio do manezinho pela arte que povoa os céus é tão grande que construiu uma pipa gigante de 4,5 metros de altura por 3, 5 metros de largura. Com papeis de diversas cores e plásticos, vendeu a obra para uma empresária catarinense por R$ 23 mil.

 

Orgulhoso, questiona: “alguém já vendeu uma pandorga por tanto dinheiro?”

Na manhã ensolarada de sábado, ao lado de Valdir Agostinho, a equipe Busquee também esteve ensinando a garotada a como construir uma pipa. Toda a movimentação foi promovida pela Secretaria de Educação da Capital para o encerramento da campanha Pipa sem cerol é legal.

 

Mãe leva filho para UPA


Gusthavo Wellington, 11 anos, levou um susto no ano passado. Uma pipa com cerol caiu na laje da casa dele, na Vargem do Bom Jesus.

 

Ao ir pegá-la cortou um dos dedos da mão. Ficou apavorado com o sangue e chamou a mãe, que o levou para a Unidade de Pronto Atendimento para uma sutura. “O corte foi pequeno, mas fiquei nervoso. Fiquei com medo que algo ruim acontecesse comigo”.

 

Com o colega dele ocorreu quase a mesma coisa. Matheus Cauã Rodrigues, 12 anos, estava entusiasmado por uma pipa ter caído no quintal da família, em Ingleses. Ao ter contato com a linha do brinquedo, também sofreu um corte no dedo. “A gente pode ter alegria empinando pipa sem cerol”, observa.

 

A dupla pertence à Escola Básica Municipal Luiz Cândido da Luz. Coordenados pela diretora Marcela de Leon, juntamente com outros alunos, estiveram se divertindo no Parque de Coqueiros.

 

“Essa mania de usar vidro moído na linha de pipa tem que acabar. O melhor remédio para isso é a conscientização, o alerta. E isso vem ocorrendo por intermédio de ações da Prefeitura”, diz a diretora.  Ela acrescenta que “foi também uma bela viagem. Sair do Norte da Ilha, atravessar a ponte e chegar na região continental”.

 

The voice


A Banda Musical da Escola Maria Conceição Nunes, do Rio Vermelho, ofereceu ao público um cardápio eclético. Executaram o Rancho de Amor à Ilha, hino da cidade, e rememoraram sucessos daquele que era considerado  “the voice”, a voz,  Frank Sinatra.  

 

Os 45 alunos, sob o comando do professor Paulo Rampinelli, e com o apoio do maestro João Almir, fizeram os presentes dançarem ao som de New York New York e My Way. O grupo integra o projeto Banda na Escola, desenvolvido no estabelecimento há seis anos. A Banda do Exército igualmente participou da festa, assim como o Sesc com seus brinquedos gigantes.

 

A dança foi parar no Chile


O Boi de Mamão, da Escola Dilma Lúcia dos Santos, localizada na Armação do Pântano do Sul, deixou crianças e pais empolgados. Comandados por Roseli Pereira e Nei Batista, o projeto existe desde 1989.  E o boi já foi cantar e dançar no Chile e no meio oeste catarinense.

 

Boxe para respeitar regras


Uma apresentação do Boxe na Escola foi realizada.  O projeto, da Guarda Municipal, é uma rotina  nos estabelecimentos de ensino Almirante Carvalhal, João Alfredo Rohr, Adotiva Liberato Valentim e Anísio Teixeira.

 

Para o coordenador, Denis José da Silva, o projeto educacional, não só difunde e ensina um esporte olímpico, mas colabora para o aumento da autoestima da criançada e respeito às regras. É voltado para a faixa etária de 06 a 16 anos.

 

Perna de pau e cambalhotas


Um momento circense foi proporcionado pela turma que frequenta as atividades da Fundação Catarinense de Assistência Social, a Fucas.  Tinha gente com perna de pau, encarnando palhaços, dando cambalhotas, equilibrando-se em cordas e no trapézio.

 

A ONG, que trabalha atualmente com 150 crianças e jovens, de 10 a 18 anos, é responsável por uma série de ações no contra turno escolar.

Intitulado “Campeões nas quadras e na vida”, além de circo, o projeto oferece gratuitamente aulas de artesanato, dança, futsal, judô e informática.

 

Responsáveis pela trupe estavam no Parque de Coqueiros a gerente técnica do projeto, Marilene Alencastro, a assistente social Juliane Soares e os instrutores de circo Jean Machado e Luciana Vieira.  

 

Com participantes principalmente da Vila Aparecida, Morro da Caixa Continente e Ilha- Continente, as aulas estão com inscrições abertas. O contato pode ser feito pelo telefone 3952-6967.  


galeria de imagens